Nesta quarta-feira, o Cruzeiro enfrentará os efeitos da altitude em sua estreia na Copa Libertadores. Local da partida contra o Universitario, Sucre está a 2.800 metros acima do nível do mar. Com a experiência de já ter vencido a equipe boliviana em 2009, o goleiro Fábio não crê que a altitude será grande obstáculo para a equipe celeste.

O camisa 1 ressaltou que outras experiências geraram mais obstáculos. "São vários fatores. A parte da diretoria vem sendo feita, cumprindo suas obrigações e tentando evitar ao máximo para que os jogadores tenham o menor desgaste possível. São 2.800 metros de altitude e a gente já jogou em Potosí, onde são 4.100. A gente fez uma passagem em Sucre. Acho que influencia mais pelo peso da bola, mas a gente espera conseguir um bom resultado", analisou.

Em 2009, o Cruzeiro enfrentou o Universitario de Sucre pela fase de grupos da Copa Libertadores. Mesmo com a expulsão do atacante Kleber, o time celeste superou o cansaço gerado pela altitude e venceu aquele confronto por 1 a 0, com gol marcado por Thiago Ribeiro.

Além do resultado positivo, Fábio guarda lembranças positivas do estádio e da cidade de Sucre. "Naquela época, o gramado estava bom para jogar, em boas condições, a equipe se colocou muito bem dentro de campo, conseguiu fazer um belo jogo. Houve a dificuldade de o Kleber ser expulso, mas a gente conseguiu a vitória. Dentro do que me lembro do estádio e da cidade, a gente se adaptou muito bem, é uma cidade tranquila. Lógico que, dentro de campo, se a gente não colocar tudo o que foi treinado, vamos criar dificuldades para sair com um resultado positivo", disse.

Assim como acontece nesta edição, o Cruzeiro precisou enfrentar a altitude na estreia da Libertadores de 2014. No ano passado, a equipe foi derrotada pelo Real Garcilaso, por 2 a 1, em Huancayo-PER, a 3.250 metros acima do nível do mar.

Ao analisar aquela derrota, Fábio aponta outros fatores além da altitude. “Acho que a forma que tudo aconteceu desde a nossa chegada, não tivemos a possibilidade de treinar, apagaram os refletores, não deixaram a gente aquecer. Tudo isso gerou mais dificuldade para conseguir a vitória. A gente sentiu mais, era um pouco mais de altitude. Os jogadores não estavam na melhor forma possível e, dentro do jogo, a equipe do Real impôs um ritmo forte e aproveitou o momento”, observou.

“Em Sucre, a gente tem grandes condições. Já fizemos um jogo lá e ganhamos. A gente tem condições de fazer um jogo muito melhor que na nossa estreia do ano passado. A gente espera que possa estrear bem. Independentemente de ser fora de casa, é sempre bom vencer”, complementou.