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28/1/2015 07:58

Após acidente, Léo Bonatini exalta bom início em Portugal: "Recomeço"

Na esperança de apagar imagem deixada no fim de 2014, promessa do Cruzeiro aposta em sequência no Estoril para dar a volta por cima: "Oportunidade nova de vida"

Após acidente, Léo Bonatini exalta bom início em Portugal: Recomeço
Léo Bonatini comemora primeiro gol com a camisa do Estoril, contra o Arouca (Foto: Reprodução / Facebook)

Destaque na base do Cruzeiro, incertezas durante a curta carreira, susto após acidente de carro e recomeço com "pé direito" em Portugal. A mescla de bons e maus momentos marca a trajetória de Léo Bonatini. Aos 20 anos, o atacante encara o terceiro empréstimo na carreira. Mas o início no Estoril, de Portugal, é bem diferente dos tempos de Juventus, da Itália, e Goiás. Após marcar o primeiro gol contra o Arouca e garantir a vitória por 1 a 0, pelo Português, o jovem, com o apoio da família, busca uma sequência para ganhar confiança.

- Tem 22 dias que estou treinando no clube. Acho muito gratificante já ter jogado três jogos, dois como titular, e fazer a estreia dentro de casa como titular já com um gol. Não poderia escolher um começo melhor. Estou feliz aqui, todos me incentivam bastante. Estou tranquilo, feliz para fazer as coisas. Vou aproveitar essa segunda metade de Campeonato Português e procurar ajudar o Estoril o máximo possível com mais gols e assistências. Quero me firmar aqui.

"DIVISOR DE ÁGUAS"

No dia 30 de dezembro de 2014, um episódio marcou não só a carreira do atacante, como também a vida. Após fugir de uma blitz em Belo Horizonte, Léo capotou o carro e terminou a noite preso. O resultado do exame do bafômetro constatou que o jogador tinha feito uso de bebida alcoólica. Quase um mês após o susto, Bonatini reconhece o erro e encara a situação com um "divisor de águas".

- Foi um momento infeliz. Eu errei, assumo meu erro, mas eu tirei com bons olhos tudo que aconteceu, porque graças a Deus não machuquei ninguém e não me machuquei. Foi um susto, fiz o que não devia ter feito. Aquele dia me marcou muito, porque foi uma oportunidade nova de vida. Depois de ver como o carro ficou, o que aconteceu, deu para ver quem quer meu bem, que está do meu lado. Minha família esteve comigo a todo o momento, meus amigos, a minha namorada sempre me apoiou. O pensamento é que 2015 será um ano novo e tudo de ruim ficou para trás. Com certeza é um divisor de águas. A gente às vezes precisa de certas coisas para aprender a crescer. Para mim foi muito difícil no dia, como tudo aconteceu. Mas procurei aprender bastante com isso, espero que tenha servido de lição. Foi um divisor de águas na minha vida.

Estado do carro de Léo Bonatini após acidente em Belo Horizonte (Foto: Douglas Magno / Agência estado)

Muitos jogadores ficam marcados na carreira por acontecimentos fora das quatro linhas. A vontade do jogador de 20 anos é conseguir apagar a imagem do acidente e chamar a atenção dos torcedores por feitos relacionados ao futebol.

- Acredito que não vou levar isso comigo, espero que não. Até mesmo pelo meu histórico, nunca fui um jogador problemático, com fama ruim no meio do futebol. Estou muito tranquilo, sei da gravidade do ocorrido, mas vou pegar isso que aconteceu e me motivar cada vez mais para poder fazer coisas boas. Se eu não tivesse passado por aquilo poderia não estar aqui hoje, Deus me deu uma oportunidade nova, isso não foi a toa. Estou tendo a chance de apagar tudo isso. Quero que as pessoas se lembrem de mim como jogador, não como quem cometeu erros.


FRUSTAÇÃO x SURPRESA

Em agosto de 2012, já com status de promessa da base celeste, Léo Bonatini acertou a ida para o Juventus, de Turim, por empréstimo. O que poderia ser um sonho realizado, se tornou uma experiência frustrante para o atacante. Sem o amadurecimento ideal para enfrentar todas as mudanças, o jogador acabou tendo passagem discreta e não conseguiu chamar atenção dos italianos. Na volta ao Brasil, cerca de um ano depois, outra desilusão ao defender o Goiás e um momento de reflexão.

- Tive uma passagem pela Itália, não tenho vergonha de dizer que foi frustrante. Fui para lá com 18 anos e fiquei até os 19. Foi frustrante no sentido de não ter dado certo. Quando a gente procura sair de um clube é para conseguir jogar. Eu era muito novo, o estilo de jogo era diferente, uma mudança de clima radical. Mas aprendi bastante, outro idioma, uma outra cultura, saber me virar longe de casa. Não consegui me firma por lá, não consegui me firmar no Goiás, então a gente senta e avalia se está mesmo valendo a pena seguir tentando.

Léo ao lado de Ramón, nos tempos de Goiás: atacante não teve destaque no clube (Foto: Rosiron Rodrigues / Goiás E.C.)

A vida em Portugal e o bom rendimento com a camisa do Estoril até o momento parecem responder ao jogador que ainda é válido continuar na caminhada. Contente com a recepção dos companheiros e surpreso pela facilidade de adaptação ao modelo da liga portuguesa, Léo mira um único objetivo: escrever uma boa história pelo clube.

- O começo no Estoril me mostra muita coisa, principalmente após o acidente. Comecei a valorizar coisas pequenas, a olhar tudo com outros olhos. Me ajudou bastante. Com 22 dias de clube consegui fazer o que não fiz em dois campeonatos pelo Goiás. Algo diferente está acontecendo. Estou muito feliz aqui. Confesso que desde que cheguei foram só surpresas boas. Sempre ouvia falar muito bem daqui, que era uma liga muito boa para jogar. Mas depois que a gente conhece, fica surpreso. São vários brasileiros jogando aqui, clima, cultura. Fui muito bem recebido, são muito parecidos com os brasileiros. É aproveitar ao máximo a chance da melhor maneira possível. Poder criar a minha história e me firmar como jogador do Estoril.

2850 visitas - Fonte: GE




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