O presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, concedeu entrevista nesta sexta-feira, e esclareceu a situação das negociações que envolvem a Raposa. O mandatário cruzeirense fez questão de destacar que não tinha a intenção de vender nenhum atleta, mas frisou que as finanças do clube forçaram as transações.

"Não tínhamos a intenção de vender nenhum desses atletas, mas todo mundo sabe como andam a situação financeira dos clubes. O Cruzeiro é um dos únicos que não atrasa salário, mas, em janeiro, acabamos atrasando alguns dias. O futebol não tem receita em janeiro, aí complica. Temos que vender atletas para obter receita", justificou.

Questionado sobre a venda do volante Lucas Silva para o Real Madrid, negociação que chegou a ser confirmada por alguns diretores do próprio Cruzeiro, Gilvan Tavares adotou a cautela, alegando que ainda não fechou negócio. O presidente celeste, porém, deixa claro que a transação está bem perto de ter um fim com a saída do jogador.

"A negociação do Lucas Silva esta bem adiantada, em fase de concretização. Possivelmente nesta sexta-feira será finalizada. Eles chegaram aos valores que o Cruzeiro pleiteava. O atleta, junto com o empresário, fez uma pressão muito grande para que pudéssemos liberá-lo. A intenção do Cruzeiro não era liberar nenhum dos seus atletas, para que pudéssemos manter o plantel e buscar os títulos de todas as competições que disputamos em 2015. Mas o Cruzeiro é um grande clube, com muitos títulos, e acaba servindo de vitrine para estes jogadores", explicou.

Sobre Everton Ribeiro, que tem proposta do futebol árabe para deixar o Cruzeiro, o presidente da Raposa afirma que a pressão tem sido grande para negociar o jogador, mas que neste momento as conversas com os árabes estão paradas. O dirigente, porém, ressalta que existem ofertas de outros clubes da China, Itália e da Ucrânia para ter os serviços de Everton Ribeiro.

"A negociação está parada, não deu continuidade, mas temos esperança dele permanecer no Cruzeiro. A pressão não vem só de atleta e empresário. Tem também da parte de outros clubes. Tem clubes chineses com propostas por ele, da Arábia, em Dubai, da Itália, da Ucrânia, ele está sendo pretendido por clubes de vários países, com ofertas até melhores que essa de Dubai. A gente tenta o melhor para o clube, mas o atleta não joga no lugar que a gente escolhe", concluiu.