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23/1/2015 15:03

Presidente do Cruzeiro diz ter ofertas melhores pelo meia Éverton Ribeiro

Dirigente afirma que negociação de jogador com clube árabe está parada, e revela que parceiros negociaram à Raposa percentuais que tinham de Lucas Silva

Presidente do Cruzeiro diz ter ofertas melhores pelo meia Éverton Ribeiro
Gilvan Tavares diz que ofertas salariais impedem clube de segurar atletas cobiçados (Foto: Washington Alves/Light Press)

O presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, esclareceu em entrevista coletiva na sede administrativa do clube, na manhã desta sexta-feira, alguns pontos sobre as negociações envolvendo atletas do clube celeste. O presidente afirma que o desejo era manter as peças no elenco, mas que, devido a necessidade de gerar receita, e pressão dos atletas, acabou tendo que negociar algumas peças.

O primeiro negócio citado pelo presidente foi o do volante Lucas Silva. A venda do jogador foi confirmada pelo vice-presidente do Cruzeiro, Marcio Rodrigues, na tarde de quinta-feira. O presidente diz que o acerto ainda não foi finalizado, mas confirma, mesmo a contragosto, que está muito próximo disso. Já que, além da pressão do atleta, o Real Madrid teria chegado aos valores pretendidos pelo Cruzeiro. Embora não tenha sido confirmado pelo presidente, as cifras da transferência do jovem volante estariam em torno de 14 milhões de euros (R$ 40 milhões).

A negociação do Lucas Silva esta bem adiantada, em fase de concretização. Possivelmente hoje (sexta-feira) à tarde será finalizada. Eles (Real Madrid) chegaram aos valores que o Cruzeiro pleiteava. O atleta, junto com o empresário, fez uma pressão muito grande para que pudéssemos liberá-lo. A intenção do Cruzeiro não era liberar nenhum dos seus atletas, para que pudéssemos manter o plantel e buscar os títulos de todas as competições que disputamos em 2015. Mas o Cruzeiro é um grande clube, com muitos títulos, e acaba servindo de vitrine para estes jogadores. Para um jogador com grandes sonhos, ser sondado por um clube da grandeza do Real Madrid, deixa ele balançado. Eles oferecem um salário infinitamente maior do que o que podemos pagar aqui, não conseguimos competir. Mas a torcida pode ficar tranquila, que vamos usar toda a verba de sócio para o plantel. E os substitutos serão à altura. Vamos buscar atletas do mesmo nível, para que o plantel não fique desfalcado.

O Cruzeiro possui cerca de 30% dos direitos do volante. Porém, de acordo com o presidente, alguns dos investidores de Lucas Silva, e até mesmo o próprio atleta, teriam cedido as partes que detinham ao clube mineiro.

Segundo Gilvan, Ribeiro tem ofertas de vários clubes do exterior (Foto: Tayrane Corrêa)

- Não falo dos valores que temos do Lucas, mas temos um percentual pequeno. Mas temos investidores de atletas parceiros do Cruzeiro. Nessas fases de negociação, conversamos com eles e negociamos esses valores. Então, acabamos saindo com um percentual maior, porque eles nos repassaram esse percentual. O próprio atleta cedeu o percentual dele para ser transferido. Então, saímos da negociação com um bom percentual.

Quem também está próximo de deixar o clube é o meia Éverton Ribeiro, eleito duas vezes consecutivas o craque do Brasileirão. O jogador recebeu uma proposta de salário irrecusável do futebol árabe, e teria aberto mão da parte que possui dos próprios direitos para atingir um valor mais próximo do pretendido pelo Cruzeiro. O presidente ainda diz ter propostas melhores pelo atleta, porém, tem que respeitar também o desejo de Éverton.

- A negociação está parada, não deu continuidade, mas temos esperança dele permanecer no Cruzeiro. A pressão não vem só de atleta e empresário. Tem também da parte de outros clubes. Tem clubes chineses com propostas por ele, da Arábia, em Dubai, da Itália, da Ucrânia, ele está sendo pretendido por clubes de vários países, com ofertas até melhores que essa de Dubai. A gente tenta o melhor para o clube, mas o atleta não joga no lugar que a gente escolhe. Ele tem que pensar no melhor para ele. Então por isso a negociação está emperrada.

Por fim, Gilvan Tavares explicou que o clube não pode ser refém e se sentir obrigado a liberar os atletas porque as ofertas salariais são boas, mas que o lado do Cruzeiro tem que ser respeitado.

- Quando o clube negocia, a gente leva o atleta para ele perceber que não é o clube que não está facilitando a negociação, mas sim o comprador. O Cruzeiro estabelece os valores e aquilo tem que ser respeitado. Senão, ficamos parecendo clube de camelô, que abre mão dos valores, e ficamos desvalorizados. Se não chegar ao valor (pedido), não tem negociação. O atleta sabe disso. Ele não pode se desmotivar porque está jogando em um dos grandes clubes do futebol brasileiro. Atletas do nível de Ribeiro e Lucas Silva não podem sair por qualquer valor. Eles têm um valor e isso tem que ser respeitado.

3330 visitas - Fonte: GE




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