A venda do meia Ricardo Goulart para o Guangzhou Evergrande, da China, deve ser confirmada nesta terça-feira. Desde que a proposta chinesa chegou ao Cruzeiro, no entanto, o time celeste já estuda como substituir o camisa 28, um dos artilheiros da equipe no Brasileirão do ano passado, com 15 gols, e que foi convocado por Dunga, junto com o meia Éverton Ribeiro, para amistosos da seleção brasileira.

O Cruzeiro trabalha com duas possibilidades. A primeira é buscar um substituto no mercado de transferências. A Raposa receberia cerca de 8,5 milhões de euros (R$ 27 milhões) na negociação, o que permitiria ir atrás de um reforço. Neste caso, o time mineiro poderia tanto buscar um atleta para a posição de Goulart - que joga mais centralizado na linha de três meias do esquema do técnico Marcelo Oliveira – quanto trazer um jogador de beirada de campo, deslocando Éverton Ribeiro para a posição de Goulart. O nome do colombiano Riascos, que esfriou nos últimos dias, pode voltar à tona.

Outra possibilidade, no entanto, é resolver a questão com o que tem no plantel. O substituto imediato é Júlio Baptista, que goza de confiança da comissão técnica, mas que não convence completamente a torcida; tanto que chegou a ser vaiado na última temporada, ainda que muito timidamente.

No caso de utilização de Éverton Ribeiro mais centralizado, uma alternativa que já foi usada por Marcelo Oliveira (por exemplo, na vitória por 2 a 1 sobre o Internacional, no Brasileirão do ano passado), abriria espaço no time titular para mais um jogador pelas beiradas, como Willian, Marquinhos e Alisson, opções mais utilizadas em 2014. Marcelo Oliveira conta também com Judivan, Neílton e Gilson, lateral de ofício, mas que deve ser aproveitado no setor.

O goleiro Fábio, capitão do Cruzeiro, comentou a iminente saída do meia Ricardo Goulart. Para ele, o grupo recebe com naturalidade as mudanças, por entender o funcionamento no mercado de transferências. Ele acredita em um Cruzeiro forte em 2015 mesmo com as saídas, e acha que a contratação de reforços pode ser uma alternativa.

- Acho que o máximo de pessoas que possam agregar qualidade é importante, independente da quantidade de jogadores que você tenha no grupo. Eu não vejo problema nenhum em trazer jogadores, independente de ter qualidade dentro do grupo. Isso vai gerar muito mais motivação.