O presidente do Santos, Modesto Roma Junior, defendeu durante o "Arena SporTV" uma postura mais responsável dos dirigentes brasileiros na administração dos clubes de futebol. O dirigente lembrou que o futebol brasileiro atualmente sofre com o esbanjamento nas gestões do passado.

- Eu entendo que os clubes não tem esse crédito de confiança. Houve muitos exageros, muita farra do boi na parte financeira. Só que os clubes chegaram a um momento que não dá para manter essa postura sem uma responsabilidade interna. A lei (de responsabilidade fiscal) seria o ideal se fosse completa? Seria sim. Mas está na hora dos clubes, por si mesmo, tomarem suas medidas de contenção e responsabilidade - defende Modesto Roma.

O santista completou afirmando que parte da mudança deste processo também deve vir de treinadores e jogadores, que se acostamaram com a realidade de salários altíssimos.

- Não é mais possível haver a gastança que sempre houve, e é preciso que os trabalhadores (jogadores e treinadores) tenham consciência de que não dá mais para os clubes pagarem salários de 700, 800 mil reais por mês. A realidade hoje é diferente.

Segundo Modesto Roma Junior, a situação financeira dos clubes é trágica. O presidente do Peixe acredita que os clubes já teriam fechado as portas se não fossem elementos da paixão popular.
- Hoje os clubes estão prestes a fechar, e já estariam fechados se não fossem clubes. Estão abertos porque são clubes de futebol, elementos da paixão nacional. A situação dos clubes é trágica - concluiu.