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23/12/2014 07:35

Sócios e bilheteria: trunfos do Cruzeiro para manter a boa saúde financeira

Clube tem contas estáveis e salários em dia. Acreditando na expansão da adesão de torcedores, atual campeão brasileiro tem perspectiva de crescimento

Sócios e bilheteria: trunfos do Cruzeiro para manter a boa saúde financeira
Poucos são os clubes brasileiros que podem se gabar de ter saúde financeira estável, contas e salários em dia e perspectiva de crescimento na arrecadação para os próximos anos. O Cruzeiro é um deles. Não que o dinheiro esteja sobrando nos cofres da Toca da Raposa, mas, em meio aos momentos de turbulência que o futebol brasileiro atravessa, a situação do clube mineiro chega a ser invejável.

A Raposa, que ao longo das duas últimas décadas se consolidou como um dos principais vendedores de jogadores do Brasil para o exterior, hoje pode se dar ao luxo de manter praticamente o time por dois anos e recusar propostas inferiores aos valores que pede. Em recente levantamento da Pluri Consultoria, o Cruzeiro teve seu elenco apontado como o mais valioso do Brasil pelo segundo ano consecutivo, além de ter os três atletas mais valiosos do futebol nacional numa lista de 25 jogadores. A venda do zagueiro Wallace, em junho deste ano, para um grupo de investidores portugueses por R$ 30 milhões, dos quais R$ 18 milhões ficaram no clube, fortaleceu ainda mais esta posição.

O principal ponto para o sucesso vem da arquibancada, acredita o clube celeste. A reinauguração do Mineirão, em fevereiro de 2013, após dois anos e meio de reforma para a Copa das Confederações e a Copa do Mundo, permitiu reorganizar o programa de sócio-torcedor, que estava em baixa desde 2010. Com isto, o clube atingiu a marca de 66 mil sócios, o que rende anualmente cerca de R$ 60 milhões. A renda com bilheteria em 2014 superou os R$ 49 milhões, contribuindo para o Cruzeiro fechar o ano com R$ 200 milhões de arrecadação total, juntando as outras fontes de renda, número maior que os R$ 189 milhões do ano passado.

O sucesso dentro de campo também contribui para o equilíbrio das contas. Os dois títulos brasileiros em sequência aumentaram a exposição da marca do clube, gerando maior interesse em patrocinadores e fornecedores de material esportivo - e melhores contratos

O fim do contrato de patrocínio master com o banco BMG, que estampa a marca na camisa desde 2010, não foi ruim para o Cruzeiro. Os novos candidatos estão oferecendo valores superiores. Os interessados são a Caixa Econômica Federal, que já patrocina vários times brasileiros, e duas montadoras automotivas. Situação idêntica aconteceu com a nova fornecedora de material esportivo, a Penalty, que está pagando mais do que a antecessora Olympikus.

Negociação

A dívida do Cruzeiro com a União, que era de R$ 14 milhões, em junho deste ano, já foi negociada, o que permitiu ao clube obter a certidão negativa de débito para negociar o patrocínio com a Caixa. Estas dívidas com a União são compostas por FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), impostos e contribuições previdenciárias não recolhidas.

Apesar da relativa tranquilidade, o Cruzeiro não vai se dar ao luxo de investir em contratações caras, até porque a maioria dos principais jogadores deve permanecer na Toca da Raposa II. Se por um lado não falta dinheiro para honrar os compromissos, por outro não há sinal que sobra. Com isso, o clube conta com a participação do torcedor para permanecer organizado financeiramente.

3045 visitas - Fonte: Globoesporte.com




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