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14/12/2014 12:15

Genro jogador ajudou Marcelo Oliveira a descobrir Éverton Ribeiro

Técnico campeão brasileiro pelo Cruzeiro conversa com Cléber Machado para o Esporte Espetacular e revela também que admira o Bayern de Guardiola

Genro jogador ajudou Marcelo Oliveira a descobrir Éverton Ribeiro
Marcelo Oliveira conversou com o Esporte Espetacular (Foto: Reprodução TV Globo)

Bicampeão brasileiro comandando o Cruzeiro, Marcelo Oliveira colhe os louros de outro bom ano. Em entrevista exclusiva a Cléber Machado no Esporte Espetacular deste domingo, o treinador revelou que foi uma dica de seu genro, o atacante Eduardo, do São Caetano, que o fez pedir a contratação de Éverton Ribeiro quando comandava o Coritiba. Contou também como foi a formação do elenco da Raposa, deu sua opinião sobre a situação do futebol brasileiro após o 7 a 1 na Copa do Mundo e lamentou a possível saída do volante Lucas Silva para o Real Madrid.

Depois dos títulos você está com tudo. Está prosa?
Nem tanto... estamos aí na estrada. Felizmente tem dado certo, e a gente espera estar sempre podendo melhorar.

Quem joga mais ou menos como você jogava?
Cheguei à conclusão de que o Diego, que jogou no Santos com o Robinho. Eu tinha mais ou menos aquele estilo, um meia que chegava e acionava os atacantes.

Como é sua relação com o elenco?
Ouvi muito durante o ano que o nosso elenco é maravilhoso. É verdade que tem, mas não temos a maior receita do Brasil e nem gastamos muito para montar nosso elenco. Alguns dos que trouxemos não estavam nem jogando em seus clubes, como o Éverton Ribeiro do Coritiba.

Como é que você conheceu o Éverton?
Essa história é interessante, ele jogava pelo São Caetano, e nós jogamos lá pelo Coritiba. Meu genro, o atacante Eduardo, jogava com ele no São Caetano e tinha me dito que o Éverton era especial, um pouco diferente, criativo. Eu fiz muita força para que ele fosse para o Coritiba, e ele já começou lá se dando muito bem. E depois fiz uma força ainda maior para que ele fosse para o Cruzeiro.

O genro Eduardo, que deu a dica preciosa do craque Éverton Ribeiro (Foto: Agência Estado)

Como foi a formação do elenco do Cruzeiro?
Nós formamos o elenco pensando em três pilares. Primeiro: jovens que haviam jogado a Taça São Paulo e jogaram muito bem, trouxemos seis jogadores da base. O segundo foram os jogadores com potencial de crescimento que estávamos monitorando nas equipes médias. E por último, os mais consagrados e experientes e outros, mesmo mais jovens como o Dedé com trajetória muito boa.

E a possível saída do Lucas Silva para o Real Madrid? Você sente que ele quer ir?
Por mais que o jogador seja importante, e o Lucas é muito importante e cresceu muito conosco, mas tem o sonho, tem os interesses do clube, os interesses do próprio jogador.

O mercado do futebol é fantasioso?
Quando eu era jovem e jogava, o meu grande ideal era jogar no time principal diante da torcida. Hoje eles já falam muito cedo que querem ir para a Europa. Mas isso é um pouco também por culpa dos que os cercam. O empresário já está monitorando a carreira dele desde jovem, falando da independência financeira. Como eu era informado que circulava muito dinheiro no futebol, na minha opinião, muitas pessoas de outros segmentos migraram para o futebol sem entender tanto de futebol e com interesses próprios. E por isso que grande parte dos clubes estão com problemas sérios.

A Libertadores promete ser dura?
Sim. E muito equilibrada. E aí que a gente precisa trabalhar mais e se cuidar mais.

Marcelo Oliveira conversou com o Esporte Espetacular (Foto: Reprodução TV Globo)

Depois do 7 a 1, qual é a tua visão do futebol brasileiro?
Acho que continua formando bons jogadores. Talvez nem tantos craques como antes, quem sabe pela falta de base, de times de peladas, que diminuiu muito.

Quais times você gosta de ver jogar?
O Bayern de Munique é o melhor deles, pelo comando do Guardiola. Ele já foi bem no Barça e os times deles se recompõem com oito, nove jogadores, e contra-atacam rápido chegando com cinco, seis na área do adversário, os times dele são muito bem organizados e treinados.

Na condição, hoje, de um dos melhores técnicos do Brasil, que recado você daria para o futebol brasileiro?
Acho que o futebol brasileiro precisa se organizar mais administrativamente. Isso é possível. Jogador brasileiro está muito desgastado, porque joga muitas vezes e isso acaba atrapalhando o espetáculo. E precisamos de pessoas que entendam mais de futebol administrando os clubes.

5118 visitas - Fonte: Globo Esporte




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