Sem conseguir a vaga na Libertadores, o Grêmio decepcionou a sua torcida no fim do ano, mas o técnico Luiz Felipe Scolari já começa a planejar a equipe para 2015. Entre os possíveis reforços, estariam Kleber Gladiador e Marcelo Moreno, jogadores que pertencem ao clube gaúcho e estavam emprestados a Vasco e Cruzeiro, respectivamente.

Felipão, no entanto, já se adiantou e vetou o retorno do atacante Kleber, atleta com quem ele teve problemas quando os dois trabalharam juntos no Palmeiras. Ao ser questionado se tem alguma divergência com o Gladiador, o treinador negou, mas deixou claro a sua posição.

"Não teria problema nenhum com Kleber, mas não vai trabalhar no Grêmio", disse Felipão, após o empate do Grêmio com o Flamengo, por 1 a 1, neste domingo.

Sobre Marcelo Moreno, Scolari manifestou opinião completamente diferente e abriu as portas para o retorno do atleta ao Tricolor gaúcho. Apesar de o diretor de futebol gremista, Duda Kroeff, ter falado no mês passado que Moreno "joga mais lá" no Cruzeiro e ter sugerido que os mineiros contratassem em definitivo o atacante, Felipão aceita a volta dele para a próxima temporada.

"Quem disse que o Moreno não serve? As palavras às vezes são interpretadas de outra forma. Não jogarei contra o meu diretor de futebol. Já existia uma situação com o Moreno que poderia ter sido resolvida antes. O Moreno é jogador do Grêmio. Se não tiver vontade de jogar no Grêmio, aí sim, será transacionado, numa situação que agrade ambas as partes", afirmou o treinador.

Depois de brigar pela vaga na Libertadores durante boa parte do Brasileirão, o Grêmio falhou nas últimas rodadas e terminou o campeonato com uma sequência de quatro jogos sem vitória. Felipão admitiu a queda de rendimento e lamentou a situação, que deixou o time apenas na sétima colocação após as 38 rodadas disputadas.

"Saímos do grupo dos quatro nos últimos três, quatro jogos, em um jogo em que jogamos bem contra o Cruzeiro. Nós perdemos a classificação nos últimos quatro jogos. Se tivéssemos feito dois, três pontos, estaríamos brigando ainda. O trabalho foi razoavelmente bom até o jogo contra o Cruzeiro. Depois, fizemos sempre ao menos um tempo muito ruim. O descontentamento não é só da torcida, foi geral", analisou o comandante gremista.