De acordo com o técnico Marcelo Oliveira, a conversa para definir a renovação de contrato com o Cruzeiro na quarta-feira “não durou nem meia hora”. Já segundo o presidente Gilvan de Pinho Tavares, “não foram necessários nem cinco minutos de diálogo”. Mas o encontro durou bem mais, porque nele começaram a ser definidas algumas situações para 2015, ano em que o Cruzeiro tentará mais do que manter a hegemonia nacional.

“Vamos buscar um ou dois jogadores, pois queremos a Libertadores e o Mundial, um título que o clube não tem. Mas também depende da saída de algum dos nossos jogadores”, afirmou o dirigente, que não revela nomes nem posições dos que interessam. “Mas, para vir e ser titular do Cruzeiro, tem de ser peixe grande. O certo é que faremos contratações pontuais.”

Marcelo já anunciou que pretende contar com mais jogadores que exerçam liderança em campo. Para ele, faltou em 2014 quem tivesse mais voz ativa quando a equipe se encontrava em situações complicadas, inclusive cobrando dos companheiros. Além disso, será preciso repor prováveis perdas. Sem contar destaques que possam ser negociados, como Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart, há atletas que dificilmente permanecerão no grupo, como Borges. Como outro atacante, Marcelo Moreno, depende de negociação que o próprio Gilvan considera complicada, porque o Grêmio quer quase R$ 20 milhões para liberá-lo, o Cruzeiro pode ir atrás de um homem de área, pois passaria a ter apenas o júnior Hugo Ragelli e Anselmo Ramon, retornando de empréstimo ao futebol chinês.

Um volante também poderá ser contratado, principalmente se Lucas Silva se transferir mesmo para Espanha ou Inglaterra. O objetivo é aumentar o poder de marcação no meio-campo, mantendo o esquema com três armadores. Ralf, um dos nomes cogitados, tem contrato com o Corinthians até o fim de 2015, mas cobra do clube paulista na Justiça um débito de R$ 2 milhões. A direção cruzeirense limita-se a dizer que todo bom jogador interessa e não comenta nomes. “Nosso projeto é manter o Cruzeiro no atual patamar em nível nacional e continental e fazê-lo subir em nível mundial. Queremos ser campeões do mundo. Já fomos vice duas vezes, e é o título que nos falta”, diz Gilvan.

Para o presidente, a manutenção da base se mostra acertada, diante da campanha do time. “Fomos o melhor brasileiro na Libertadores, campeões mineiros invictos, bicampeões brasileiros, finalistas da Copa do Brasil. Temos de dar sequência ao trabalho.”

FOTO OFICIAL
Diretoria, comissão técnica e jogadores aproveitaram o treino de ontem de manhã, no Mineirão, para posar para a fotografia oficial pelo título brasileiro. O grupo usou uniforme de jogo, com o qual participou do treino recreativo que se seguiu. A atividade não contou com Fábio, que se queixou de dor no tornozelo direito e foi para a Toca da Raposa fazer tratamento. Se não puder jogar contra o Flu, o goleiro será Elisson, que atuou contra a Chapecoense, ou Rafael, recuperado de contusão no joelho.