Grande fase de Cruzeiro e Atlético-MG chamou a atenção do New York Times

A grande fase de Cruzeiro e Atlético-MG, que conquistaram recentemente o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil, respectivamente, chamou a atenção do mais importante do mundo, o New York Times.

Em matéria publicada no último sábado, o diário destacou a "ressurreição" da cidade após o trauma da derrota por 7 a 1 do Brasil para a Alemanha na Copa do Mundo, e chamou a capital de Minas Gerais de "capital do futebol brasileiro".

"Menos de cinco meses depois, as memórias da aniquilação na Copa do Mundo foram deixadas de lado. Na semana passada, das cinzas, aconteceu a improvável ressureição de Belo Horizonte. [...] De maneira quase inacreditável, a cidade se transformou na capital do futebol brasileiro", diz trecho da reportagem.

Além da grande fase de cruzeirenses e atleticanos, o NY Times também destaca que os rivais mineiros recebem muito menos dinheiro das cotas de televisão, e que, portanto, têm que se desdobrar para bater o poderio financeiro de São Paulo e Rio de Janeiro, Estados que mais conquistaram títulos nacionais até hoje.

"O dinheiro dado pela TV é a principal força das finanças dos clubes brasileiros, mas, enquanto Flamengo e Corinthians recebem US$ 44 milhões de dólares por temporada, os times de Belo Horizonte só recebem US$ 18 milhões cada", diz a matéria, que prossegue.

"O jogo que decidiu o título do Cruzeiro [contra o Goiás, no último domingo] não foi nem mostrado na TV aberta no Rio e em São Paulo, o que mostra a atitude prevalescente no futebol brasileiro".

A reportagem trambém descreve como as equipes de Minas Gerais montaram seus times de maneira inteligente.

O jornal americano elogia a coragem do presidente alvinegro, Alexandre Kalil, para contratar Ronaldinho Gaúcho no ano passado, o que acabou levando ao título inédito da Libertadores. Apesar disso, o Times descreve Kalil como um homem de "ego tão grande quanto sua boca".

Do lado da Toca da Raposa, o NY Times destaca o trabalho regular do técnico Marcelo Oliveira, além das contratações de Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart, que vieram de equipes menores (Coritiba e Goiás), mas formaram um meio-de-campo campeão em Belo Horizonte, inclusive com convocações recentes para a seleção brasileira.

Rivais dominaram o futebol brasileiro em 2014