O técnico do campeão brasileiro, Marcelo Oliveira, é destaque na revista inglesa World Soccer. O técnico concedeu entrevista à publicação do Reino Unido falando sobre o sucesso do Cruzeiro, a filosofia de trabalho adotada por ele, o curto período de permanência dos técnicos nas equipes brasileiras e também sobre o calendário apertado da CBF e convocação de peças importante durante as competições que os times disputam.

Na entrevista, o comandante celeste fala sobre o sucesso do time que ele sagrou mais uma vez campeão brasileiro. E os divide os méritos do momento excelente.

- Sucesso no futebol nunca é apenas por uma única razão. É uma combinação de coisas. Quando cheguei, nós dispensamos alguns jogadores e trouxemos outros que acreditávamos que poderíamos desenvolver aqui, como Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart. A comissão técnica do time é extremamente dedicada e a infraestrutura do clube, que é realmente impressionante, ajuda bastante. Nós tentamos criar um ambiente saudável, dizendo aos jogadores o quão sortudos são por poder jogar aqui – conta o técnico.

Marcelo destaca também da inspiração que tirou do técnico Telê Santana, ex-seleção brasileira, que o comandou na época em que jogava no Atlético-MG. E ressalta que assim como Telê, também cobra trabalho. E não é de levantar a voz com os jogadores.

- Trato os jogadores da maneira que gosto de ser tratado, com respeito.

Sobre a dança dos técnicos, Marcelo avalia que os clubes querem resultados imediatos.

- Eles não podem se livrar de 10 jogadores, então eles se livram do técnico. Mas isso só acalma as coisas temporariamente.
Sobre o calendário, Marcelo não acredita em mudanças por parte dos responsáveis. Para ele, apenas quando técnicos e jogadores, que são quem são diretamente afetados pelo calendário fizerem algo, isso acabará. Para ele, as convocações para a Seleção simultaneamente à disputa das competições nacionais prejudicam não só os times, mas, também, a própria Seleção.

- A seleção brasileira tira jogadores dos clubes em momentos vitais. Mas os dois lados são punidos, porque eles acabam jogando mais e ficam cansados.