Foto: Yuri Edmundo / Gazeta Press

Quinta-feira. Grêmio 1 x 2 Cruzeiro. Autores dos gols celestes: Ricardo Goulart e Everton Ribeiro. Três dias depois, domingo. Cruzeiro 2 x 1 Goiás. Autores dos gols celestes: Everton Ribeiro e Ricardo Goulart. Três dias depois, quarta-feira. Era a terceira chance seguida da dupla se consagrar. Mas o Atlético-MG venceu o rival na final da Copa do Brasil por 1 a 0 e impediu tudo: tanto a Tríplice Coroa do Cruzeiro quanto o Tríplice brilho de Everton Ribeiro e Ricardo Goulart.

Ribeiro tem como características marcantes o bom passe e a ótima visão de jogo. A criação do Cruzeiro passa pelos pés dele. Mas o Cruzeiro criou quase nada nesta quarta-feira. E não é difícil explicar: o meia esteve muito abaixo da média, principalmente porque fez o jogo do Cruzeiro ser lento. Errou passes em contra-ataques e diminuiu muito o ritmo da partida, tocando para trás com frequência, sem arriscar. Quando tentou ser genial, com um toque de cobertura de fora da área, aos 17min do segundo tempo, errou por muito.

Já a principal característica de Goulart é o bom poder de finalização, sempre bem acompanhado pelo ótimo posicionamento. Nesta quarta, mesmo acertando o lugar onde deveria estar, ele perdeu chances de gol importantes. No primeiro tempo, aos 15min, um chutão de Fábio deixou ele de frente para Victor, mas o chute cruzado saiu fraco. Aos 17min, em uma lance confuso na área, ele ficou sozinho para chutar de novo, mas acertou a rede pelo lado de fora.

Ricardo Goulart teve atuação ruim no primeiro tempo
Foto: Eugenio Savio / AP

Nem Everton e nem Goulart foram a verdadeira dupla Everton e Goulart nesta quarta-feira. E isso explica por que o Cruzeiro também não foi o mesmo campeão brasileiro. Nem sempre é possível ser campeão três vezes seguidas. Nem sempre é possível decidir três jogos importantes na sequência.