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26/11/2014 21:57

Final tem ingresso desvalorizado, protesto político e Raja

Final tem ingresso desvalorizado, protesto político e Raja
Protesto critica o atual governo federal, mas diz que não é partidário
Foto: Allan Brito / Terra



Belo Horizonte já está parada e totalmente voltada para o clássico entre Cruzeiro e Atlético-MG, que decide a Copa do Brasil nesta quarta-feira. O jogo foi marcado para as 22h (de Brasília), mas muito antes disso o trânsito na capital mineira já estava travado porque os torcedores foram cedo para o Mineirão. Os arredores do estádio tiveram situações curiosas, como cambistas que desvalorizaram os ingressos e também um protesto político. Além, é claro, de muitas provocações.

A principal aglomeração de cruzeirenses aconteceu no lado sul do estádio, perto do hall principal, onde o ônibus do time entrou. A torcida acendeu sinalizadores, soltou fogos de artíficio e mostrou cartazes com as quatro taças que o Cruzeiro conquistou na Copa do Brasil. Com certeza a provocação mais curiosa foi uma bandeira do Raja Casablanca empunhada por um torcedor - o time marroquino eliminou o Atlético-MG na final do Mundial de Clubes de 2013.

Entre tanta comemoração, um barulho destoante aparecia: Ana Elisa levou um megafone e fez um protesto político na frente do Mineirão. Ela e outras duas pessoas seguravam uma faixa com as inscrições "eles sabiam de tudo" e "que país é esse?". De acordo com Ana, trata-se de um movimento chamado "Indignados", que vai organizar protestos em todo o Brasil no próximo sábado, às 14h (de Brasília). A ideia é reclamar da corrupção, principalmente de quem está no governo federal, mas ela diz que não há qualquer envolvimento partidário no protesto.

Enquanto a reportagem tentava conversar com Ana, muitos cruzeirenses reagiam ao protesto dela. Alguns apoiavam, outros mandavam "vai embora, tia. Aqui é Cruzeiro!". Ela fez um saldo positivo do protesto. "A maioria está dizendo que tem que tirar esses ladrões mesmo. Só teve um que falou que eu sou do pó (referência aos boatos sobre a vida pessoal de Aécio Neves). Mas eu não sou. Se ele roubou, tem que ser preso também", defendeu-se.

A única coisa que acontecia quase em silêncio era a venda de ingressos feita por cambistas. Algumas pessoas se infiltravam na torcida e ofereciam quase sussurando, já que a polícia estava de olho. Mas com um detalhe diferente: muitas entradas estavam desvalorizadas. Ingressos que custavam R$ 400 agora valem R$ 300, porque existe pouca procura - as bilheterias ainda estão abertas e certamente o estádio não vai ficar lotado. Cerca de 40 mil ingressos foram vendidos antecipadamente, mas o alto custo de alguns setores espantou os cruzeirenses.

Entre os atleticanos, a situação é parecida: por serem visitantes, eles tinham uma carga ínfima de ingressos, 1813, algo que foi definido após muita polêmica nesta semana. O preço estipulado oficialmente era de R$ 500, mas a grande maioria conseguiu comprar mais barato. Alguns usaram as bilheterias da MinasArena, que normalmente já vendem por um preço menor, e outros até conseguiram ganhar entradas de graça com a diretoria do Atlético-MG.

1776 visitas - Fonte: Terra




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