O ex-árbitro Arnaldo Cezar Coelho teme que o clima de animosidade entre as diretorias de Atlético-MG e Cruzeiro influencie no comportamento dentro de campo na final da Copa do Brasil, nesta quarta-feira. A preocupação é que as discussões, principalmente com relação ao número de ingressos nas duas partidas da decisão, acirre ainda mais os ânimos entre os jogadores.

- O futebol mineiro atravessa uma das fases mais brilhantes de sua história. Eu já apitei muitos clássicos entre Cruzeiro e Atlético, e o clima sempre foi de guerra, de muita rivalidade. Estou preocupado porque li bastante, principalmente sobre o problema dos ingressos e diretorias sem se entender. Houve muito bate-boca fora de campo. Esse clima não pode ir para dentro de campo. Os jogadores precisam se conscientizar de que esse jogo é uma festa - disse Arnaldo Cezar Coelho durante o "Bem, Amigos!".

A questão dos ingressos mobilizou Minas Gerais desde as vésperas da primeira partida, no Independência. Na ocasião, o Cruzeiro rejeitou a sua carga de ingressos e apenas a torcida atleticana pode entrar no estádio. Agora, no jogo de volta, no Mineirão, o Atlético não abriu mão das entradas. Porém a diretoria cruzeirense estabeleceu o preço de mil reais nos bilhetes para os torcedores rivais. A atitude revoltou os alvinegros.

- É uma tristeza esse desentendimento de ingressos. O Mineirão com as duas torcidas é um espetáculo indescritível - afirmou o comentarista Bob Faria.

O comentarista também lembrou que o clima de animosidade, por enquanto, só está entre as diretorias. Tanto que nenhum incidente foi registrado depois do primeiro jogo, que terminou com vitória do Atlético-MG por 2 a 0.