Wilson Gottardo ergue a taça de campeão de Libertadores em 1997; além da Raposa, o Galo ainda conquistaria outro título continental naquele ano (Divulgação)
O jogo de volta da final da Copa do Brasil, que será disputado nesta quarta (26) entre Cruzeiro e Atlético Mineiro, sela um biênio de dominação do estado de Minas Gerais sobre o futebol brasileiro, desde a conquista da Libertadores de 2013 pelo Galo, passando pelo bicampeonato brasileiro da Raposa, sacramentado no último domingo, e chegando finalmente à decisão desta quarta em Belo Horizonte.
A história tem paralelo com um ano lembrado com muito carinho por cruzeirenses e atleticanos. Há 17 anos, nenhum dos dois gigantes mineiros foi campeão brasileiro, porém cada um tomou para um troféu continental, fazendo de Minas o centro do futebol sul-americano.
Um título suado, sofrido e com cara de impossível depois de a Raposa perder suas três primeiras partidas na competição. Além do Grêmio, que venceu na estreia no Mineirão, o Grupo 4 daquela edição tinha também os peruanos Sporting Crystal e Alianza Lima. O Cruzeiro se recuperou com duas vitórias em casa e um 2 a 1 sobre o Grêmio no Estádio Olímpico, garantindo o segundo lugar do grupo, atrás dos gaúchos.
Nas oitavas, os comandados de Paulo Autuori passaram sufoco novamente e só superaram o modesto El Nacional, do Equador, nos pênaltis, após uma vitória para cada lado. Na quartas, a Raposa se saiu melhor no reencontro com o Grêmio, com 2 a 0 no Mineirão e derrota por 2 a 1 no Olímpico. Na semi, nova classificação nos pênaltis, desta vez contra o Colo Colo, quando brilhou a estrela do goleiro Dida, defensor de duas cobranças. A final veio com vitória por 1 a 0 sobre o Sporting Cristal – gol de Elivelton - e festa dos mais de 95 mil presentes no Mineirão.
Menos prestigiosa que a Libertadores, a conquista da Conmebol pelo Atlético Mineiro ao menos não careceu de emoção e ânimos quentes. Após boa campanha nas oitavas, quartas e semi, quando bateu, respectivamente, Portuguesa, América de Cali e Universitário do Peru, o Galo chegou invicto à final, onde enfrentaria o argentino Lanús.
Foi na partida de ida – quando o Galo abriu boa vantagem, mas ainda não garantiu o título – que a decisão ficou marcada. Não pela sonora goleada de 4 a 1 aplicada pelo time mineiro no Estádio Ciudad de Lanús, mas pela pancadaria generalizada que tomou conta do campo, corredores e vestiários após a partida.
Na volta, o Atlético, de Leão, garantiu o empate e o título na capital mineira.
Da esquerda para a direita: Wilson Gottardo, Marcelo Ramos, Dida, Nonato, Donizete Oliveira, Fabinho, Ricardinho, Elivélton, Palhinha, Gélson e Vítor