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21/11/2014 17:14

De Mano, Marcelo, Muricy, Levir e Mano

De Mano, Marcelo, Muricy, Levir e Mano
Olá,

Vivemos numa terra que a troca de ideias foi abolida. O que importa é ofender ou desqualificar aquele que não pensa da mesma maneira. Como tripulo outro veículo, eu fico atento ao que ouço aqui e ali para constatar que existe vida inteligente no futebol, especialmente quando se sai da mesmice. A Copa do Mundo colocou os técnicos de futebol em atividade no Brasil na berlinda. Foram crucificados e tratados como Judas em Sábado de Aleluia. Perdemos a chance do debate e a trocamos pela desqualificação. Vida que segue é assim que a banda toca nesta terra em que se...........tudo dá.

Tenho muitos pontos de vista diferentes da maioria dos técnicos em atividade no futebol brasileiro. Não significa que eu esteja certo e eles estejam errados. O meu gosto pelo futebol nasceu numa época em que se privilegiava determinados aspectos e hoje, em sua maioria, os técnicos mostram ter outras preferências. Daí a crucifica-los, eu vejo como um exagero. Todos os problemas brasileiros não têm origem no topo da pirâmide e, sim, na sua base.

A viagem pseudo filosófica é para observar que nesta temporada, a poucos capítulos do fim, alguns profissionais têm me chamado a atenção pelo que expressam. Para manter a ordem do título, eu começo pelo Marcelo Oliveira, técnico do Cruzeiro. É de uma elegância exemplar. Seja na derrota ou na vitória. O time treinado por ele pratica um futebol próximo ao que enxergo como o melhor caminho. Ao longo de todo esse campeonato, as entrevistas que concedeu sempre foram exemplos para se prestar a atenção.

O outro é o Muricy Ramalho. Dizem que é ranzinza, embora eu ache o contrário. No Brasil, o sujeito muito concentrado e determinado ganha sempre fama que não traduz efetivamente o que ele é. Deu entrevistas falando de jogadores e dos problemas do futebol brasileiro que o próprio futebol, apesar de tudo, se recusa a discutir. E tem o Levir Culpi. Esta semana, durante o Arena SporTV, ele reconheceu ter falhado com o Jô e o André. O seu momento mais triste não foi uma derrota ou um resultado inesperado. Foi não ter conseguido transformar os dois demitidos do Atlético Mineiro em profissionais. Egressos de uma vida na qual tiveram a adolescência roubada, Jô e André são as mais bem acabadas traduções de quem procura, após os primeiros milhões que não serão eternos, cobrar uma dívida por tudo que não tiveram entre os 15 e 20 anos. Comportam-se como adolescentes problemas, quando já são homens. Perderam o emprego no Galo, mas o futebol é uma bênção e ano que vem estarão em outro clube de ponta, como se nada tivesse acontecido. E o Levir se lamenta, embora não tenha nenhuma culpa.

Por fim, o Mano Menezes. Após mais uma vitória do Corinthians foi o primeiro a frear a turma que adora soltar morteiro: nem tanto se deve criticar na derrota e nem tanto se deve elogiar na vitória. Sábio comentário. Pena, pena mesmo, que não será ouvido e sequer servirá de reflexão. Para todos nós!

Bom final de semana

1050 visitas - Fonte: SporTV




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