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27/8/2014 07:34

As maiores vitórias do Cruzeiro na história do Mineirão - 1ª Parte

As maiores vitórias do Cruzeiro na história do Mineirão - 1ª Parte
Fotos: Cruzeiro/Divulgação

O Cruzeiro Esporte Clube tem a chance de conquistar nesta quarta-feira, sua milésima vitória no estádio do Mineirão. O jogo será contra o Santa Rita-AL, válido pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Diante desse acontecimento, escolhemos os 10 maiores triunfos da Raposa dentro do seu domínio. O Mineirão viu inúmeras conquistas, partidas espetaculares e craques do Maior de Minas levantarem os canecos que simbolizam os diversos títulos conquistados. Alguns destes jogos históricos estão escritos nesta 1ª parte da matéria sobre as maiores vitórias do Cruzeiro no Mineirão.

Cruzeiro 6 x 2 Santos – 1º jogo da final da Taça Brasil de 1966 (30/11/1966)

Eram 30 de novembro de 1966. Em jogo a Taça Brasil daquele ano, o que mais tarde se tornou o Campeonato Brasileiro, reconhecido pela CBF. As duas maiores forças do país se enfrentaram no Mineirão com público de 90 mil pessoas.

O Santos vinha de um pentacampeonato nacional e era o time a ser batido. O Cruzeiro um time de garotos nascendo para o futebol mundial. No primeiro tempo, inapeláveis 5 x 0 para a Raposa. Nem os próprios torcedores acreditavam em tal façanha. No segundo tempo, Pelé mostrou seu futebol e Toninho Guerreiro se apresentou à defesa celeste marcando dois gols relâmpagos para o Santos. O time da Vila poderia complicar, mas Dirceu Lopes tratou de acabar com a reação e selou com mais um gol a vitória estrelada.

“Foi o jogo mais importante da história do Cruzeiro, um divisor de águas. Representou a mudança do futebol mineiro e do futebol brasileiro. Fiz três gols e sofri um pênalti. Aquele jogo encarnou um espírito de rei em mim, na verdade quem foi para ver o rei viu o príncipe”, disse Dirceu Lopes.



“Foi a segunda oportunidade de enfrentar o Santos na década de 60, na primeira partida, um amistoso, o Cruzeiro venceu por 4 x 3, logo após os enfrentamos neste famoso jogo. Acreditávamos que o Santos poderia exigir muito mais, devido ao amistoso anterior e pela tarimba internacional. Quando o primeiro tempo terminou em 5 x 0 para o Cruzeiro, fomos para o vestiário e ficamos achando que aquilo tudo não era real. O Santos voltou outro para a segunda etapa e a sorte foi que antes deles assinalarem o terceiro gol, nós marcamos o sexto e matamos o jogo”, disse Wilson Piazza.

Cruzeiro: Raul; Pedro Paulo, Willian, Procópio e Neco; Wilson Piazza, Dirceu Lopes e Tostão; Natal, Evaldo e Hilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira.

Santos: Gilmar; Carlos Alberto Torres, Mauro Ramos, Oberdan e Zé Carlos; Zito e Lima; Dorval, Toninho Guerreiro, Pelé e Pepe. Técnico: Lula.

Gols: Zé Carlos (contra) aos 1?; Natal aos 5?; Dirceu Lopes aos 20? e 39? e Tostão aos 42? do 1º T. Toninho Guerreiro aos 6´ e 9´e Dirceu Lopes aos 27´do 2º T.

Cruzeiro 5 x 4 Internacional-RS – 1º jogo da Taça Libertadores da América (07/03/1976)

As duas equipes tinham se enfrentado antes pela decisão do Campeonato Brasileiro de 1975. Três meses depois, os dois times viriam a se encontrar naquele que muitos dizem como o maior jogo da história do Mineirão. Era o duelo dos dois maiores gigantes do futebol do país.

Uma partida com 65 mil presentes, nove gols, recheada de emoção, com reviravoltas no placar. O pênalti marcado aos 40 minutos do segundo tempo, convertido por Nelinho, deu resultado final ao encontro. Uma partida espetacular 5 x 4, um digno jogo que só a torcida cruzeirense teve o prazer de prestigiar.



“Me lembro do Figueroa ameaçando o Palhinha, dizendo que quebraria o seu nariz, e o fez com uma cotovelada. Ganhamos bem aqui e no Beira-Rio também. Palhinha jogou muito, mas o Joãozinho infernizou a defesa colorada. O time ganhou uma consistência e se encheu de confiança para ganhar a libertadores”, disse Raul Plasmann

Cruzeiro: Raul, Nelinho, Moraes, Darci, Vanderlei, Zé Carlos, Eduardo, Roberto Batata, Jairzinho, Palhinha, Joãozinho. Técnico: Zezé Moreira

Internacional: Manga, Cláudio, Figueroa, Hermínio, Vacaria, Falcão, Caçapava, Valdomiro, Escurinho, Flávio, Lula. Técnico: Rubens Minelli

Gols: Palhinha aos 3 e 10, Lula aos 14, Joãozinho aos 21 e Valdomiro aos 39 minutos do primeiro tempo; Zé Carlos (contra) aos 6, Joãozinho aos 8, Ramon aos 25 e Nelinho aos 40 minutos do segundo tempo.


Cruzeiro 3 x 0 River Plate-ARG – 2º jogo da final da Supercopa de 1991 (20/11/1991)

O Cruzeiro tinha uma missão quase impossível no jogo decisivo da Supercopa de 1991: reverter um placar de dois gols de diferença do poderoso River Plate de Rivarola, Astrada e Ramón Diaz.

Diante de quase 70 mil pessoas a equipe celeste foi perfeita, procurou o gol a todo instante e venceu o primeiro tempo com gol improvável de cabeça do volante Ademir.

Na segunda etapa, posições foram trocadas na equipe. Mário Tilico que era um veloz ponta-direita, passou a jogar como centroavante. Depois de um cruzamento de Macalé, Tilico de bico desviou do alcance do ótimo goleiro Comizzo. Poucos minutos depois, Charles, o centroavante, fez jogada de ponta, cruzou para Tilico que estava em noite inspirada. O artilheiro empurrou para as redes argentinas. Os dois correram para o abraço, 3 x 0. Vitória insofismável da Raposa.



“Era um título que ninguém esperava. Os dirigentes do River Plate já tinham alugado um jatinho para comemorar o título mais cedo na capital argentina. Eu joguei de lateral-direito e pude ver Charles e Tilico invertendo as posições e jogando demais, foi espetacular”, falou Nonato.

Cruzeiro: Paulo César, Nonato, Paulão, Adílson, Célio Gaúcho; Ademir Boiadeiro, Luiz Fernando (Macalé) e Mário Tilico; Charles e Marquinhos. Técnico: Ênio Andrade

River Plate: Comizzo, Gordillo, Higuaín, Rivarola, Enrique, Hernán Díaz (Berti), Astrada, Zapata (Toresani), Borelli, Medina Bello, Ramón Díaz. Técnico: Daniel Passarella

Gols: Ademir aos 34 minutos do primeiro tempo; Mário Tilico, aos 6 e 29 minutos do segundo tempo

Cruzeiro 4 x 0 Racing-ARG – 1º jogo da final da Supercopa de 1992 (18/11/1992)

Esse jogo teve um sabor especial para a torcida cruzeirense. O título era esperado, os mineiros tinham um timaço em campo, que já havia vencido o campeonato regional de forma invicta com um trio infernal no ataque: Renato Gaúcho, Roberto Gaúcho e Betinho.

Chovia muito em Belo Horizonte nesse dia, e a Raposa empurrada por quase 80 mil vozes no estádio, mandou uma enxurrada de gols para as redes do temível Racing Club de Avellaneda. Roberto Gaúcho, que consagrou vários artilheiros celestes em sua história, foi o goleador da noite com dois tentos. O Cruzeiro fez 4 x 0 no placar e levou uma larga vantagem para conquistar o bicampeonato da Supercopa.



“Foi um jogo esperado pela equipe que tínhamos e pela confiança depositada pela torcida na gente. Fiz grandes defesas, mas pude contar com o trabalho dos companheiros de zaga e do nosso ataque avassalador, que facilitou para o jogo da volta. Foi uma festa, esse grupo merecia uma conquista dessa magnitude”, falou Paulo César Borges.

Cruzeiro: Paulo César; Paulo Roberto, Célio Lúcio, Luizinho e Nonato; Douglas, Boiadeiro e Luiz Fernando; Betinho, Renato Gaúcho e Roberto Gaúcho. Técnico: Jair Pereira

Racing: Carlos Roa; Jorge Borelli, Cosme Zaccanti, Jorge Reinoso e Juan Distéfano; Gustavo Matosas,Gustavo Costas e Rubén Paz; Cláudio García, Alfredo Graciani e Guillermo Guendulain. Técnico:Humberto Grondona

Gols: Roberto Gaúcho 31 minutos do primeiro tempo; Roberto Gaúcho aos 12, Luiz Fernando aos 24 e Boiadeiro aos 39 minutos do segundo tempo’

Cruzeiro 2 x 1 Grêmio – jogo do título da Copa do Brasil de 1993 (03/06/1993)

A Raposa tinha conquistado novamente a América com o recente bicampeonato da Supercopa. Porém, o grupo procurava uma afirmação nacional. O Cruzeiro tinha a obrigação de voltar a ter o seu nome falado no lugar mais alto de uma competição brasileira.

O time comandado por Pinheiro fez uma grande campanha na Copa do Brasil e foi para a final contra o copeiro Grêmio, que tinha no time uma das maiores estrelas do futebol na época: Dener. O atacante era atrevido com os pés, driblador, partia para cima de qualquer defesa adversária. Mas do outro lado, inflamado por mais de 70 mil vozes, estava o Cruzeiro, também copeiro por natureza e que mais uma vez conquistou o Brasil. 2 x 1 para o Maior de Minas e mais uma grande festa no nosso Mineirão.



“Tínhamos um grupo homogêneo, que precisava de um título nacional. O primeiro jogo foi 0 x 0 e contávamos com a experiência do Luizinho. Na segunda partida no Mineirão, ele não jogou e entrou o Róbson, que veio do Santa Teresa. O garoto foi muito bem, graças a Deus, e ao trabalho do treinador Pinheiro. A equipe não sentiu a ausência de Luizinho, pois ainda contava no elenco com a experiência de Éder Aleixo, Nonato e Ademir. O nome do Cruzeiro mais uma vez despontou no Brasil”, ressaltou Célio Lúcio.

Cruzeiro: Paulo César, Paulo Roberto Costa, Célio Lúcio, Róbson, Nonato; Ademir, Rogério Lage, Éder; Roberto Gaúcho, Cleison, Edenílson. Técnico: Pinheiro

Grêmio: Eduardo, Jackson, Paulão, Luciano, Dida, depois Charles; Pingo, Jamir, depois Fabinho, Juninho e Dener; Gílson e Carlos Miguel. Técnico: Sérgio Cosme

Gols: Roberto Gaúcho aos 12 e Pingo aos 25 minutos do primeiro tempo; Cleison aos 20 segundos do segundo tempo.

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