O diretor interino de futebol do Cruzeiro, Paulo André, explicou qual é a função de Elias nos bastidores do clube celeste e também no Real Valladolid, da Espanha, ambos administrados por Ronaldo. De acordo com Paulo André, Elias não participa das decisões do futebol de nenhuma das duas instituições. O trabalho do ex-jogador é ser uma espécie de assessor de Ronaldo. Em algumas ocasiões, o ex-meio-campista apareceu ao lado dos dirigentes cruzeirenses no Mineirão, em Belo Horizonte, o que intriga a torcida nas redes sociais.

“O Elias não tem papel e poder de decisão no Cruzeiro e nem no Valladolid. Ele não está no dia a dia. Ele é um assessor exclusivo do Ronaldo para acompanhar treinos e jogos. Não participa de reuniões executivas”, disse Paulo André.

Na coletiva, o agora executivo de futebol avaliou o seu próprio trabalho à frente da direção de estratégias do Cruzeiro. “Fui contratado em junho de 2021, quando o Valladilid caiu para a Segunda Divisão, definir o novo treinador e a estrutura. Seis meses depois, o Ronaldo comprou o Cruzeiro e me convidou para fazer a mesma coisa aqui. Falo sempre de futebol, não falo do negócio como um todo, parte administrativa, coisas da dívida. Meu papel era dar autonomia ao Pedro Martins. Não estive no dia a dia com frequência. As grandes discussões eu participei, mas as decisões de rotina, em geral, o diretor tem total condição de tocar da forma como conviesse”, ponderou.

Durante a entrevista, Paulo André também disse quais serão as suas obrigações como diretor de futebol. “Minha função como diretor de futebol é ser o porta-voz de fato, nos momentos bons e ruins. Estarei sempre que preciso para colocar a voz do Cruzeiro, dia a dia, rotina, sucessos e fracassos que viermos a ter. Anteriormente, não era o meu papel. Passei dois anos sem aparecer, pela crença que temos um CEO [Gabriel Lima], diretor de futebol, um dono [Ronaldo] que está sempre exposto. Não fazia sentido ser mais um porta-voz nessa cadeia toda”, encerrou.