O Cruzeiro cumpriu sua missão em Governador Valadares. Venceu o Democrata por 3 a 1, manteve-se na liderança do Grupo A e voltou à briga para ter a melhor campanha da primeira fase do Mineiro. E, além disso, Nicolás Larcamón só tem positivos a tirar da partida, mesmo que a atuação tenha sido longe da perfeição e diante de um adversário frágil.
O treinador tinha intenção de rodar a equipe na partida, mas acabou obrigado a mexer também por conta de problemas físicos e de suspensões. Um esquema diferente, cinco peças novas e mexidas ao longo do jogo que também foram importantes. Desde o início do ano, Nico Larcamón ensaiava o esquema com três zagueiros (o preferido dele) quando tinha a bola, usando o lateral Marlon pelo lado esquerdo da linha defensiva.
Desta vez, em Valadares, sem o lateral, ele teve a primeira oportunidade de jogar efetivamente com três defensores. E foi positivo, ainda que seja necessário considerar a fragilidade rival. Com a bola no pé, o Cruzeiro conseguiu estruturar bem a saída com os três zagueiros, liberando o Japa (ala esquerdo) para iniciar a construção um pouco mais adiantado, na linha dos dois volantes e de William (ala esquerdo).
Os dois alas, inclusive, são favorecidos por esse sistema, com muita liberdade ofensiva. Zé Ivaldo, com qualidade no passe, é essencial para o funcionamento do início das jogadas. Como o Cruzeiro atuou com dois atacantes de lado de campo, William e Japa ganharam liberdade também para construírem como meias, se aproximando até mesmo de Dinenno.