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Quando o técnico Luiz Felipe Scolari ver os anéis do Mineirão, ainda da avenida Abrahão Caram, no tradicional bairro da Pampulha, um filme deverá passar na mente do treinador antes do jogo contra o Cruzeiro, na noite desta quarta-feira, válido pela decisão da Copa do Brasil.



Afinal de contas, quatro anos e dois meses depois, Felipão retorna a Belo Horizonte para uma decisão de semifinal. A última vez que o técnico esteve na mesma situação, o resultado foi catastrófico.

Thomas Muller, Klose, Kroos, Khedira, todos em sequência, aos 11, 23, 26 e 29 minutos abriram uma vantagem de 4 a 0, no primeiro tempo de uma semifinal de Copa do Mundo, que nem o mais otimista dos alemães esperava. Schurrle fechou o caixão aos 69 e 79 minutos. No apagar das luzes, Oscar fez o gol de honra, já nos acréscimos.

No dicionário, a palavra “honra”, entre outros significados, é explicada como algo que “lhe permite gozar de bom conceito junto à sociedade”. Ou seja, aquele 7 a 1 pode ter sido tudo, menos honroso aos brasileiros. O resultado levou a expectativa de um novo titulo mundial, levou todo um histórico do técnico Felipão na Seleção Brasileira – com uma conquista em 2002 – mas deixou lágrimas e desconfiança.



Felipão ainda busca recuperação. O Gaúcho não mostra qualquer abalo. E seu retorno ao Palmeiras sugere que algo diferente existe. O treinador faz ótima campanha a frente do Palmeiras, com dois meses no comando do clube e poucas derrotas. Vale lembrar que esta não é a primeira vez que Felipão volta ao Mineirão após os 7 a 1, ele já esteve com o Grêmio em duelo contra o próprio Cruzeiro. No entanto, para uma semifinal, será a primeira vez.

Para o jogo, o Palmeiras chega animado com a boa vitória no última semana, pela Libertadores, e também um triunfo no fim de semana. No entanto, no encontro de ida com o Cruzeiro o time não se saiu bem e perdeu por 1 a 0. Agora, para se classificar direto, é necessário vencer por dois ou mais gols de diferença.