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16/9/2018 08:04

Cruzeiro e Atlético-MG trocam papeis no mercado e vivem situações distintas

Cruzeiro e Atlético-MG trocam papeis no mercado e vivem situações distintas
Foto: Washington Alves/Light Press

Cruzeiro e Atlético-MG inverteram os papéis no mercado da bola em 2018. E as escolhas refletem no dia a dia das equipes. Responsável por um investimento elevado, com contratações caras, a Raposa negligencia o Campeonato Brasileiro e foca na chance de vencer a Copa do Brasil e a Libertadores. O Galo, por sua vez, adotou uma política de contenção de gastos e sonha com a possibilidade de ficar entre os seis primeiros do torneio nacional.



No jogo deste domingo (16), no Mineirão, Mano Menezes deve usar uma escalação alternativa, já que na próxima quarta-feira (19), enfrentará o Boca Juniors, pelas quartas de final da Libertadores. Para se ter ideia do elevado investimento do clube, três reforços que custaram mais de R$ 20 milhões aos cofres do clube estarão em campo.

O argentino Mancuello chegou do Flamengo por US$ 1,8 milhão de dólares (R$ 6 milhões à época). Bruno Silva foi comprado do Botafogo por R$ 6 milhões e David chegou do Vitória à Toca da Raposa II por R$ 10 milhões. Considerado reserva de Mano, o trio deve entrar em campo para defender a equipe no fim de semana.



O valor usado para aquisição deste grupo ilustra a política de investimentos do Cruzeiro em 2018. Embora sempre tenha se queixado da herança deixada pela antiga gestão, a cúpula liderada pelo vice-presidente de futebol Itair Machado não mediu esforços para montar um elenco caro.

Com salários elevados, como o do lateral direito Edilson, que recebe R$ 500 mil por mês na Toca da Raposa II, e contratações caras, o Cruzeiro aposta na conquista de títulos para suprir as contas após a atual temporada. A fórmula parece arriscada, mas tem surtido efeito. O time é semifinalista da Copa do Brasil e está entre os oito melhores da Libertadores.

Por outro lado, o Atlético-MG vive um momento de vacas magras. A diretoria liderada pelo presidente Sérgio Sette Câmara fez uma contratação apenas elevada. Yimmi Chará chegou à Cidade do Galo por US$ 6 milhões (R$ 22,2 mi à época) e se tornou o maior investimento do clube no ano.



A formação do time foi feita com atletas por empréstimo ou que estavam livres de contrato. Há nove jogadores no elenco que pertencem a outra agremiação. Entre os prováveis titulares, somente Iago Maidana, do São Paulo, e José Welison, do Vitória, têm este tipo de vínculo.

Esta política de contratações fez o Galo, inclusive, perder o seu principal jogador na temporada. Róger Guedes pertencia ao Palmeiras e, por opção dos paulistas, teve que deixar Belo Horizonte para defender o Shandong Luneng.

A contratação de Ricardo Oliveira é o melhor exemplo do novo padrão do Atlético. A cúpula paga cerca de R$ 350 mil mensais ao centroavante. Ele tem um dos maiores salários do elenco em 2018.



As políticas adotadas pelas diretorias neste ano contrastam com o que faziam em temporadas anteriores. O Galo era conhecido por gastar muito em reforços. Entre 2016 e 2017, para se ter ideia, a cúpula pagava cerca de R$ 2 milhões para manter Fred e Robinho em seu elenco. Desde 2010, a diretoria costuma fazer contratações ousadas. Neste período, Alexandre Kalil (ex-presidente atleticano) buscou André (R$ 19,2 mi), Guilherme (R$ 14,1 mi) e Diego Tardelli (R$ 14 mi). Até a chegada de Yimmi Chará, eles eram as três contratações mais caras da história do clube.

A mudança de comportamento é justamente um reflexo dos gastos do clube nesta década.

No caso do Cruzeiro, a nova postura é devido à troca de diretoria. A gestão de Gilvan de Pinho Tavares sempre prezou por gastos mais moderados. O clube se arriscou somente em situações esporádicas. Em 2017, por exemplo, ao montar o elenco, Bruno Vicintin e Klauss Câmara basearam as contratações em trocas, empréstimos e jogadores livres. Não houve gastos para montar o elenco que venceu o quinto título da Copa do Brasil.

Itair Machado, por sua vez, tem feito gastos mais elevados. O vice de futebol chegou a oferecer R$ 70 milhões para ter Ricardo Goulart em seu elenco. O valor seria o mais alto pago por um clube brasileiro para contar com um jogador.

3999 visitas - Fonte: UOL




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