27/4/2016 08:12
Cruzeiro contratou oito reforços em 2016 e apenas dois agradaram torcida
Dos oito contratados pelo Cruzeiro na temporada, apenas o volante Lucas Romero e o atacante Rafael Silva tiveram desempenho satisfatório neste começo de ano
Marciel no jogo do Cruzeiro contra o Atlético-PR, pela Primeira Liga (Foto: Washington Alves/Light Press)
As eliminações prematuras na Primeira Liga e no Campeonato Mineiro fizeram a diretoria do Cruzeiro analisar o trabalho e fazer um balanço do que foi realizado neste início de temporada. A primeira conclusão foi que o técnico Deivid não deveria permanecer no comando do time, tanto que ele foi demitido ainda na noite de domingo, após o empate com o América-MG, que valeu a desclassificação do estadual.
O segundo olhar da direção é sobre o elenco. Se o técnico Deivid fracassou, os jogadores também. Afinal, o time não teve grandes destaques individuais nestes primeiros quatro meses. Alguns jogadores devem sair, assim como outros vão chegar.
Em 2016, o Cruzeiro contratou oito reforços: os volantes Lucas Romero e Federico Gino, os meias Sánchez Miño, Matías Pisano, Marciel e Bruno Nazário, e os atacantes Rafael Silva e Douglas Coutinho. O GloboEsporte.com analisou o desempenho deles e a possibilidade de permanência ou não no clube. Das oito caras novas, apenas duas agradaram a torcida.
LUCAS ROMERO
Dos oito contratados deste ano, Lucas Romero foi o que mais agradou. O volante argentino mostrou raça, bom passe e liderança em campo, mesmo tendo só 22 anos. Ele disputou nove partidas e fez um gol, de pênalti, contra o Uberlândia.
Romero é titular absoluto do Cruzeiro e deve manter a posição, independente de quem seja o substituto de Deivid.
FEDERICO GINO
O brasileiro naturalizado uruguaio teve performance razoável neste início de ano. Jogou cinco vezes, sendo três como titular. Em duas dessas partidas, o Cruzeiro atuou com uma equipe mista. Mostrou boas qualidades, como qualidade no passe e garra, mas precisa aumentar seu poder de marcação. Deve permanecer na Toca e ter novas oportunidades no time.
SANCHÉZ MIÑO
Das caras novas, é o que mais jogou. Disputou 13 partidas e foi titular durante praticamente toda a primeira fase do Campeonato Mineiro. A exceção foi o jogo com o Boa Esporte, quando o Cruzeiro jogou com um time reserva. Começou no meio-campo e ganhou a vaga de Fabrício na lateral-esquerda. Na última partida, com o América-MG, ficou no banco. Ainda não decolou com a camisa azul. Chegou cercado de grande expectativa, mas não mostrou a que veio. Fez um gol, de falta, diante do Guarani-MG.
MATÍAS PISANO
Outro que chegou cercado de expectativas e ainda não decolou. O meia argentino tem bom passe e é habilidoso, mas ainda não fez uma grande partida pelo Cruzeiro. Como tem potencial e já mostrou bom futebol no Indepediente-ARG, deve ter mais chances na Toca da Raposa II, mas é bom abrir o olho, porque se continuar decepcionando pode deixar de fazer parte dos planos. Disputou nove jogos.
MARCIEL
Participou de quatro partidas, sendo três como titular. Apesar do baixo número de vezes em que esteve em campo, agradou. Marciel joga de cabeça erguida, tem bom passe e velocidade. Precisa entrar nos jogos mais ligado. Se tiver mais oportunidades, pode se firmar e ganhar espaço.
BRUNO NAZÁRIO
É o contratado com menos tempo de jogo pelo Cruzeiro. Só esteve em campo 66 minutos, na partida contra o Boa Esporte, em Varginha. Nessa partida, pouco mostrou. Tem treinado bem, mas o jeito tímido e inibido o atrapalha. Não será surpresa se for emprestado para outro time para ganhar rodagem e experiência.
RAFAEL SILVA
Depois de Lucas Romero, Rafael Silva foi o outro contratado que deu certo no Cruzeiro. Aproveitou as chances que teve, com as seguidas contusões de Willian, e se tornou o artilheiro do time na temporada, com seis gols. Foi o autor do gol sobre o rival Atlético-MG, no Independência, melhor momento do time no ano. Tem moral com o torcedor e terá mais chances ao longo do ano.
DOUGLAS COUTINHO
O atacante que veio do Atlético-PR teve início de temporada razoável. Fez três gols em nove jogos, sendo dois deles diante do Boa Esporte, pelo Mineiro. Chegou com o preparo físico abaixo dos companheiros, mas, à medida que foi evoluindo, cresceu de produção. Fica para o Brasileirão e é outro que deve ter novas chances.
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