logo

26/4/2016 12:21

Para vencer a marolinha

"O torcedor não tolera mais ouvir falar só em cortes de gastos, adequação ao Profut e outros arrochos financeiros do tipo. Torcedor quer time competitivo, e com razão!"

Para vencer a marolinha
CAIU! Quando abri o Twitter, no domingo à noite, a expressão estava assim, em caixa alta. Pensei até que fosse alguma menção ao 6a1o, já que “CAIU” lembra Série B, que lembra onde o Mineiro conheceu uma de suas tantas desonras. Mas não, a expressão estava acompanhada de uma foto de Deivid cabisbaixo, com semblante derrotado. Não é, sinceramente, a imagem que merece ficar.

Deivid teve curta passagem como jogador e técnico. Uma para lá de vitoriosa, outra ruim.

Bem ruim na verdade, mas não o suficiente para transformá-lo em estorvo na história celeste. Longe disso. Aliás, Deivid não merece outro desejo dos cruzeirenses senão o de que vá, com a bênção dos milhões de tríplices coroados, encontrar novas estradas em busca do sonho de ser treinador de ponta.

Quem sabe um dia os caminhos dele e do Cruzeiro não se reencontram?

Dito isso, relembro aos amigos celestes que, assim como a vida, o futebol é uma sucessão contínua de oportunidades. Essa esperança é para todos – Cruzeiro e torcedor.

Para a diretoria, abre-se um novo horizonte de oportunidades e uma nova chance de acertar.

Mas é preciso agir. Isso não passa somente pela escolha do novo treinador, mas também pela chegada de reforços, já que o elenco tem graves deficiências.

Outra cobrança é por maior arrojo na gestão.
O torcedor não tolera mais ouvir falar só em cortes de gastos, adequação ao Profut e outros arrochos financeiros do tipo. Torcedor quer time competitivo, e com razão! E isso, hoje, o Cruzeiro não tem. Por mais que Deivid tivesse dificuldades para fazer o time jogar um bom futebol, não é necessário um olhar clínico, profissionalmente apurado, para identificar que o elenco cruzeirense é para meio de tabela no Brasileirão.

Daí a necessidade de qualificar o elenco com jogadores de peso, e não com apostas.

Por fim, o torcedor. Para este, também há o alvorecer da nova oportunidade.

É, portanto, tempo de deixar de lado o inconformismo e a desilusão dos primeiros meses do ano em prol daquilo que lhe compete: incentivar, torcer, jogar junto. Não se trata de pedir apoio na arquibancada.

Afinal, nisso, há um bom tempo a China Azul tem sido modelo no país. Mas é tempo de trégua também longe do Mineirão.

A cartilha a seguir é simples. Percebam que não há muito segredo na solução da crise. Ou melhor, da marolinha. Porque, convenhamos, é até constrangedor chamar o que estamos passando – ausência na final do Mineiro – de crise, tendo um rival que já precisou gerenciar um rebaixamento para a Série B; um duplo 5 a 0 em finais do Estadual; um 6 a 1 no jogo que eles chamaram de “clássico do milênio”; um Anelka que não veio; um Raja que lhes roubou a taca que levariam do Bayern... Viram como, aqui, é marolinha?

* Anderson Olivieri, de 32 anos, nasceu em Brasília, é advogado, jornalista e escritor. É autor dos livros Anos 90: um campeão chamado Cruzeiro, 20 Jogos eternos do Cruzeiro, 2003: o ano do Cruzeiro e Cartas do tetra. Escreve sobre o Cruzeiro no Blog do Olivieri. É mais um espaço para torcedores mineiros, já representados nas colunas fixas do cruzeirense Henrique Portugal (quartas-feiras), do americano Paulo Vilara (quintas) e do atleticano Fred Melo Paiva (sábados).

1266 visitas - Fonte: Cruzeiro




Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!

Enviar Comentário

Para enviar comentários, você precisa estar cadastrado e logado no nosso site. Para se cadastrar, clique Aqui. Para fazer login, clique Aqui.