25/4/2016 07:40
Cinco motivos explicam a queda de Deivid no comando do Cruzeiro
Com ótima campanha na primeira fase e com um dos melhores aproveitamentos entre os técnicos do Brasil, treinador não resiste à eliminação no Campeonato Mineiro
A eliminação na semifinal do Campeonato Mineiro para o América-MG, em pleno Mineirão, foi a gota d'água para o trabalho de Deivid no comando. Após o empate com o América-MG, por 0 a 0, que significou a desclassificação, ele ainda falou como treinador do Cruzeiro, mas o clima da coletiva foi de despedida. O treinador sabia que a saída estava próxima. E não deu outra, Pouco mais de quatro horas depois, o Cruzeiro anunciou que Deivid não é mais técnico da equipe. Sob o comando dele, o time também deixou a Primeira Liga precocemente, ainda na primeira fase da competição. Além disso, deixou a desejar na estreia da Copa do Brasil, quando empatou com um time praticamente todo reserva do Campinense, que está na Série D do Campeonato Brasileiro.
Deivid sai com bons números à frente do Cruzeiro. Em 17 jogos, foram 10 vitórias, cinco empates e apenas duas vitórias, o que representa 68,6% dos pontos disputados. Vale ressaltar que nessa conta não entra o triunfo sobre o Atlético-PR, quando ele cumpriu suspensão, e o time foi comandado pelo auxiliar Pedrinho. O ápice do treinador foi a vitória sobre o Atlético-MG, no Independência. (Relembre no vídeo acima) O Cruzeiro venceu por 1 a 0, mas teve no goleiro Fábio a melhor figura em campo.
Outro ponto positivo do trabalho foi a boa campanha da primeira fase do Campeonato Mineiro. O Cruzeiro fez 29 dos 33 pontos possíveis e terminou nove pontos à frente do Atlético-MG, segundo colocado. O problema é que o rival poupou o time titular em algumas rodadas, por estar envolvido com a Taça Libertadores, o que deu a ilusão de que o Cruzeiro estava muito superior ao time de Diego Aguirre.
O GloboEsporte.com listou os cinco principais problemas no trabalho do ex-treinador do Cruzeiro, o que ajuda a entender o mau desempenho do time e a saída dele.
INEFICIÊNCIA NO ATAQUE
A média de gols do Cruzeiro até agora é bem abaixo dos últimos anos. Somando os 17 jogos de Deivid e o que o auxiliar Pedrinho comandou o time, diante do Atlético-PR, pela Primeira Liga, o Cruzeiro fez 26 gols. A média é de apenas 1,44 gol por partida. O artilheiro do time no ano é Rafael Silva, com seis gols.
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INDEFINIÇÃO DO PADRÃO TÁTICO
O Cruzeiro alternou vários esquemas táticos na temporada. Começou com o 4-2-3-1, passou pelo 4-3-3 e também tentou o 4-1-4-1 e o 4-4-2. A indefinição pesou para que o time demorasse a encontrar um padrão nos jogos.
LESÕES E CANSAÇO
Alguns aspectos fogem do técnico Deivid e da comissão técnica, como as lesões, obviamente. O Cruzeiro perdeu, ao longo do ano, contundidos, os laterais Mayke e Fabiano, os zagueiros Dedé e Manoel, o meia Marcos Vinícius e os atacantes Willian e Judivan, este desde o ano passado. O cansaço no final de algumas partidas, porém, pode ser colocado na conta da comissão técnica. É certo que o esforço foi grande, mas o Cruzeiro terminou os dois jogos contra o América-MG se arrastando em campo.
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FALTA DE CONCENTRAÇÃO EM JOGOS-CHAVE
As eliminações nas duas primeiras competições de 2016 estão diretamente ligadas às duas derrotas do ano. Contra o Fluminense, pela Primeira Liga, o Cruzeiro vencia por 1 a 0, quando o time deu branco e sofreu três gols. Ainda conseguiu o empate, mas o quarto gol dos cariocas colocou a vida do time na competição em risco. No primeiro jogo com o América-MG, no Independência, depois de sofrer o primeiro gol, o Cruzeiro se perdeu em campo e se mandou para o ataque, mesmo com a segunda partida pela frente. O segundo gol sofrido fez a vida cruzeirense ficar complicada para o jogo de volta.
MONTAGEM DO ELENCO
Ficou nítido que o Cruzeiro precisa de, pelo menos, dois jogadores experientes no elenco. Um armador e um atacante. No clube desde o ano passado, Deivid contribuiu na montagem do atual plantel. A imaturidade dos jogadores pesou na queda do treinador. Em uma das coletivas na Toca da Raposa II, no mês passado,
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