Deivid terá que reverter um placar de 2 a 0 para avançar no Mineiro (Pedro Vilela/Light Press/Cruzeiro)

A relação do técnico Deivid com a torcida cruzeirense, e com a imprensa, nunca foi das melhores. Após a derrota por 2 a 0 do Cruzeiro para o América-MG no último sábado (16 de abril), em primeira partida das semifinais do Campeonato Mineiro, a vida do treinador voltou a ficar complicada.

Com o resultado, o América-MG tem a vantagem do empate, e pode até perder por um gol de diferença que se classifica. Com um jogo ofensivo muito apagado, o Cruzeiro teve muitas dificuldades para criar boas jogadas de ataque e caiu na boa marcação do Coelho. O técnico Deivid analisou a partida.

“Faltou ter mais ambição. Nós sempre propomos o jogo e vamos para cima do adversário, mas dessa vez não conseguimos finalizar como de costume. Não adianta termos 60%, 70% de posse de bola e não finalizarmos”, disse o treinador.

Para avançar à final da competição, o Cruzeiro não terá vida fácil, porém, o técnico parece saber o que a equipe precisa. “Temos que ter humildade, igualar forças, e jogar futebol. Futebol é um esporte que não se ganha antes do jogo, se ganha dentro das quatro linhas. Precisamos trabalhar para domingo fazer um jogo perfeito”, comentou.

A derrota quebrou a invencibilidade da Raposa no Campeonato Mineiro – na primeira fase da competição foram nove vitórias e dois empates. Muito criticado pela imprensa local por ter fechado alguns treinos da equipe durante a semana, Deivid explicou porque escolheu essa forma de treinamento.

“Eu fecho o portão para ficar mais à vontade com os jogadores, tem vezes que dá certo, como contra o Atlético Mineiro, mas tem vezes que não, como hoje”, disse o treinador.

Sobre as críticas que recebe, Deivid foi direto: “Já trabalhei com treinadores que eram xingados e foram campeões do Brasileirão, e até campeões do mundo, que é o caso do Carlos Alberto Parreira”, afirmou.

Na derrota deste sábado, alguns torcedores gritaram pedindo a saída do técnico. Deivid se disse tranquilo em relação ao seu cargo, e que entende a reação do torcedor. “Lógico que o torcedor fica chateado, mas uma hora vamos ganhar, e outra vamos perder”, finalizou.