Enfrentar o América, adversário nas semifinais do Campeonato Mineiro, não é novidade para muitos jogadores do Cruzeiro, mas o adversário é especial para alguns. Um deles é o zagueiro Leo, que guarda tanto recordações boas quanto ruins de embates com o Coelho. Se em 2014 marcou dois gols na vitória por 2 a 0 sobre o tradicional rival ainda na fase de classificação do Estadual, dois anos antes foi expulso no fim do jogo de volta das semifinais da mesma competição, quando a Raposa já estava sendo derrotada por 2 a 1, acabando alijada da disputa do título.

Com essa experiência e tantas outras vividas desde que se profissionalizou, em 2007, no Grêmio, ele sabe o que é preciso para sair vencedor em partidas decisivas como a de sábado. “Temos de ter total atenção, estar atentos aos detalhes. Temos certa vantagem, mas esperamos sempre vencer, buscar de todas as maneiras a classificação”, afirma o jogador de 28 anos, que está na Toca da Raposa II desde o segundo semestre de 2010.

Obviamente, ele prefere destacar as boas recordações contra o Coelho, como o duelo de 2014. Porém, não deixa de procurar aprender com os fracassos. “No Mineiro passado, por exemplo, foi muito ruim ser eliminado (pelo Atlético). Mas procuramos tirar lições para que não aconteça de novo, para que a gente consiga chegar à final, como já ocorreu tantas vezes com o Cruzeiro.”

Além de ajudar a equipe celeste na defesa, o zagueiro deverá também auxiliar o ataque, principalmente em faltas e cruzamentos. Até porque está próximo de se tornar um dos três maiores zagueiros artilheiros do clube, se igualando a Darci Menezes, com 17 gols – atualmente, são 16 em 197 jogos.

“São números importantes que eu trago comigo, são objetivos individuais que a gente quer alcançar. A gente procura sempre crescer na carreira, buscar um algo a mais. Esta é a nossa inspiração para nos dedicarmos a cada treino, a cada jogo”, declara.

No confronto de sábado, ele deverá ter como companheiro Bruno Rodrigo, com quem já se habituou a jogar desde 2013. A tendência, segundo ele, é que não haja problemas de entrosamento, ainda que esteja readquirindo o melhor ritmo, depois de passar por artroscopia no joelho direito em setembro. “Aos poucos vou voltando ao ritmo ao qual estou acostumado. O último jogo (contra o Boa) acho que já foi muito bom. Agora é ir administrando isso durante as partidas”, diz.

MISTÉRIO
Na manhã desta quarta-feira, o técnico Deivid comandou mais uma atividade visando ao primeiro jogo das semifinais do Estadual – o time só deverá começar a ser definido hoje. Mais uma vez a imprensa só pôde acompanhar a primeira parte, como já havia ocorrido na véspera.