Wallace está no Cruzeiro desde 2009 , mas pode sair agora (Foto: Alexandre Arruda / CBV)

O oposto multicampeão do Cruzeiro, Wallace, pode ser o primeiro a deixar o clube após a conquista do tetra da Superliga Masculina. Não que o jogador da Seleção Brasileira esteja insatisfeito em Belo Horizonte ou cansado da rotina de levantar troféus. O que deve precipitar a saída do oposto é a mudança na pontuação de dois companheiros no ranking da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Éder e Isac devem atingir sete pontos, a pontuação máxima. Cada clube pode ter apenas três jogadores desse nível, e o Cruzeiro já conta com o levantador Willian e o ponteiro Leal, além de Wallace. Como o contrato do oposto com o clube termina agora, ele tem boas chances de sair. Se optar por permanecer no Brasil, o destino pode ser o Taubaté.

- O que acontece é que o Isac deve ir pra sete pontos e ele tem mais um ano de contrato. O Leal também. Os únicos que não tem mais contrato somos Willian e eu. É meio complicado. Eu acho que as chances de sair são grandes, muito mais por causa desse ranking. O pessoal tá falando coisas que eu desconheço.

É lógico que tive propostas de vários times, de fora do Brasil e daqui também. Não preciso mentir. Recebi proposta do Taubaté, mas não tem nada certo, é de se pensar. Nessa parte, o ranking atrapalha bastante. Dos quatro jogadores que são sete pontos, um vai ter que sair.

Wallace ainda tem uma esperança remota de que os critérios sejam revistos, já que, quando chegou ao Cruzeiro, em 2009, ele só tinha apenas dois pontos do ranking e atingiu o atual patamar crescendo dentro do próprio clube.

- Não sei onde vi uma matéria que falava do critério. Você não chegou ao clube com sete pontos, já ganhando títulos. Acho que tem que ter critério. Eu cheguei ao Cruzeiro com dois pontos e virei sete. Se tiver mais três caras com sete pontos, eu serei prejudicado. Algumas coisas têm que ser revistas. Mas temos que atender. Somos mero empregados e o que podemos fazer é reclamar.