Um dos segredos do sucesso do time de vôlei do Cruzeiro – que neste domingo decide, pela sexta vez consecutiva, o título da Superliga –, não está guardado a sete chaves. Pelo contrário. O técnico Marcelo Mendez faz questão de mostrar que ter um grupo forte de jogadores é fundamental. A expectativa é de que volte a funcionar em Brasília, contra o Campinas.

Jogo a jogo, isso vem sendo demonstrado, inclusive nas decisões. Dois desses atletas são os melhores exemplos: o ponteiro canadense Winters, de 33 anos, e o levantador Cachopa, de 20. Embora sejam reservas, eles estão entre os mais utilizados.

Winters é uma espécie de homem de segurança. Está no clube desde a última temporada e foi utilizado pelo treinador em todas as finais desde então – na Superliga de 2014/2015, no Mundial do ano passado e nas duas edições do Mineiro. “Treinamos todos os dias para jogar, para sermos titular. O Marcelo tem um time-base, mas todo o grupo é utilizado. Por isso, precisamos estar prontos para entrar e fazer o que é necessário”, diz Winters.

Quando veio para o Cruzeiro, ele sabia que estava chegando a um clube vencedor. Contudo, confessa que suas expectativas foram superadas: “Sabia que estava vindo para um time de ponta, mas não esperava tanto. Cheguei e, de repente, estamos em todas as finais. Nunca poderia imaginar isso”.

Cachopa, por sua vez, disputa sua segunda decisão de Superliga em dois anos, desde que foi içado ao grupo principal. Ele é um exemplo de como é feita a renovação do grupo celeste. A chance apareceu quando o segundo levantador, Vinhedo, deixou o time, em 2014. “Naquela época, eu estava em ótima fase, pois tinha acabado de ser campeão mundial Sub-23 com o Brasil. Aí, vim para o grupo e joguei a final contra o Sesi, depois a do Mundial. Está sendo demais”, afirma o levantador que, como o canadense, não sonhava em ganhar tanto.

RECORDE

O Cruzeiro já está em Brasília, local da decisão deste domingo, às 9h40. Nesta sexta-feira, Marcelo Mendez comandou o primeiro treino no Ginásio Nilson Nelson, palco da final. O ponteiro Filipe não esconde a expectativa pelo confronto, por uma marca pessoal: ele está a três pontos de se tornar o segundo maior pontuador da história da Superliga. O primeiro é Ezinho, ex-Minas e ex-Montes Claros, com 3.728, seguido por Lorena (3.703), também ex-jogador do Montes Claros e hoje no São José-SP.
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