Com 26 pontos em 10 rodadas, o Cruzeiro conquistou por antecipação a liderança na fase de classificação do Campeonato Mineiro e o direito de ser campeão estadual até se empatar os jogos das semifinais e da decisão ou com vitória e derrota pela mesma diferença de gols em cada uma dessas etapas. Mas essa vantagem, apontada por muitos como “fundamental”, poucas vezes foi decisiva para definir o campeão. Nas últimas 12 edições, o período em que atual fórmula é adotada, em apenas quatro quem ficou na frente na fase inicial acabou levantando a taça: 2008, 2011, 2012 e 2014 – em 2009 e 2010, foram disputadas quartas de final.

Nesses quatro anos, em três os celestes conquistaram o título e na outra deu Atlético. Com essa fórmula, a Raposa fez a melhor campanha sete vezes, mas em quatro viu a conquista escapar, sendo desbancado duas vezes pelo Ipatinga, uma na decisão e outra nas semifinais, e duas pelo Atlético, uma também em cada etapa.

Terminar na frente também garante ao Cruzeiro o direito de decidir sempre em casa. Para o técnico Deivid, a vantagem de ser o primeiro exige atenção redobrada tanto nas semifinais quanto na eventual decisão: “Ficar em primeiro é sempre importante até o momento em que começa o jogo. Depois, temos de esquecer”. No ano passado, a equipe terminou como segunda colocada, atrás apenas da Caldense, mas foi eliminada pelo Atlético nas semifinais, no Mineirão.

Quanto ao Galo, só fez a melhor campanha três vezes, mas já tem cinco títulos nesses 12 anos. Os times do interior que terminaram a fase de classificação em primeiro saíram frustradas no capítulo final. Em 2006, o Ipatinga, que lutava pelo bi, passou pelo América nas semifinais, mas perdeu a decisão para o Cruzeiro, levando o troco do ano anterior. No ano passado, a Caldense fechou as 11 rodadas iniciais invicta, superou o Tombense nas semifinais, mas viu o título escapar para o Atlético.