Como Deivid deve usar formação reserva em Varginha, a tendência é que Fabrício (E) retorne

Os jogadores do Cruzeiro completam nesta quinta-feira um mês seguido em Belo Horizonte, fato raro para um clube envolvido numa disputa regional. Desde que fez 1 a 0 na Caldense, em Poços de Caldas, em 6 de março, o time entrou em campo outras cinco vezes, todas na capital mineira, sendo uma como visitante, o clássico com o Atlético, no Independência, e venceu todas.

A sequência “caseira” será quebrada no domingo, quando a Raposa vai a Varginha enfrentar o Boa, às 16h. Porém, como o técnico Deivid deverá mandar a campo uma equipe alternativa, os principais jogadores completariam 40 dias sem viajar, o que é comemorado pelos atletas.

“Este período em BH é muito bom, sempre nos traz coisas boas. Podemos, por exemplo, ficar junto da família depois dos treinamentos. Mas sabemos que isso dura pouco. Em breve, voltaremos a viajar direto, a ter a rotina composta por hotéis, deslocamentos, aeroportos. Mas todo mundo está pronto para encarar a maratona de viagens, principalmente no Campeonato Brasileiro, em que as distâncias são maiores”, argumenta o goleiro Fábio, o mais experiente do grupo celeste e que provavelmente dará lugar a Rafael no fim de semana.

Para diminuir um pouco o desgaste, o Cruzeiro tem optado por usar aviões fretados neste Estadual, o que vai se repetir no domingo. Com isso, vai e volta no mesmo dia, minimizando o risco de cansaço – incluindo o mental –, pois permite aos atletas até mesmo dormir em casa após as partidas.

A sequência tranquila poderá se estender ainda no Mineiro, pois o adversário nas semifinais pode ser América ou Villa Nova – outra possibilidade é ir a Patos de Minas enfrentar a URT. Porém, após o primeiro duelo do mata-mata local haverá um deslocamento mais longo: até Campina Grande (PB), local da estreia na Copa do Brasil, em 20 de abril, contra o Campinense.

E o Brasileiro, que começa em maio, exigirá mais viagens. Já na estreia o Cruzeiro terá de ir à capital paranaense enfrentar o Coritiba. Na terceira rodada, vai para outro extremo do país, Recife, local da partida com o Santa Cruz.

OPORTUNIDADE Enquanto uns comemoram por ficar fora da viagem a Varginha, outros se mostram bastante satisfeitos por estar no grupo. Caso os titulares sejam realmente poupados, os reservas entrarão em campo e alguns jogadores ganham a chance no banco de reservas.

Entre eles estão os zagueiros Bruno Viana e Fabrício Bruno, pratas da casa. Há também atletas um pouco mais experientes, mas que não vêm tendo chances, como o armador Bruno Nazário.

Na quarta-feira, a opção de Deivid pelos reservas ficou mais clara, pois ele comandou treino técnico apenas para quem não vem jogando, incluindo o lateral-direito Fabiano e o volante Henrique, que desfalcaram a equipe contra o Guarani.