O clima está cada vez mais pesado entre a diretoria do Cruzeiro e a Federação Mineira de Futebol. De carona na "guerra" de bastidores, também a ANAF. Tudo por conta das polêmicas envolvendo a arbitragem do clássico do último domingo.

Na véspera do jogo (vencido pela Raposa), a ANAF (Associação Nacional dos Árbitros de Futebol) emitiu nota oficial questionando o pleito cruzeirense de querer profissionais de outro estado para apitar a partida. Passado o jogo, o vice de futebol cruzeirense, Bruno Vicintin, se pronunciou a respeito:
“O Cruzeiro foi surpreendido com nota lamentável da Anaf, com críticas, que ao nosso ver desrespeitam a instituição. Venho a público exigir respeito a instituição Cruzeiro Esporte Clube. Em nenhum momento, o Cruzeiro pressionou. O Cruzeiro apenas sugeriu um árbitro Fifa, para evitar toda pressão que aconteceu após o clássico. Cruzeiro já havia feito isso há três anos. O papel da Anaf é pedir melhores direitos à arbitragem. Nós nos sentimos ofendidos. Nosso chefe de arbitragem mineira (Giuliano Bozzano) estava no site da Anaf como assessor para assuntos jurídicos. Já tiraram nome dele do site e não sabemos motivo”, apontou.
Mas não ficou só por aí. Teve mais. O dirigente questionou com muito afinco as decisões tomadas pelo árbitro do jogo diante do Atlético, espetando mais uma vez Giuliano Bozzano:

“O Leonardo Silva deveria ter sido expulso no primeiro tempo. O Allano tomou tapa na cara e levou amarelo. O zagueiro do Atlético, num lance sem goleiro, levanta o pé na cabeça do Manoel e não foi marcado nem pé alto. Depois, num lance fora da área, ele marcou lance de pé alto. Houve vantagem do Elber, que não foi dada. O Cruzeiro não concorda que foi ajudado no clássico, nem acha que a arbitragem foi terrível. Estamos muito preocupados com mensagem passada para arbitragem mineira. Em erros que decidem campeonato, nada é comentado. Não sei se objetivo de Giuliano Bozzano é ter retrato na parede do rival”, disse ao final.