A Minas Arena, administradora do estádio Mineirão, está cobrando na justiça o pagamento da taxa administrativa, que o Cruzeiro não paga desde julho de 2013, quando outro time jogou lá e também não pagou. Assim, amparado pelo contrato assinado com a administradora, o clube celeste parou de pagar. Agora, a briga será nos tribunais e ainda vai render muito pano pra manga.

Esta notícia reacendeu um velho sonho: o estádio próprio do Cruzeiro. Um clube tão estruturado, que possui um dos melhores CT’s da América Latina, tendo outro exclusivo para as categorias de base, mas não possui um estádio. Por quê?

A resposta é simples. Porque sempre houve o Mineirão, que cobria as necessidades do clube e sua imensa torcida. Trata-se de um estádio grande, confortável, bem localizado, de fácil acesso. Com a modernização recente, o Gigante da Pampulha ficou ainda melhor e mais moderno. Claro que ainda há pontos de atenção, mas atende bem ao que quer o clube. Até a página nove. O porém se chama justamente a administradora do estádio.

A relação entre Cruzeiro e Minas Arena desde sempre foi problemática. Foram inúmeros os problemas criados pela empresa, que às vezes nem parece que é parceira do Cruzeiro. Agora, mais este. Se eles se julgam no direito de cobrar, o Cruzeiro também entende que não deve pagar.

A construção de um estádio próprio não é uma tarefa simples. Primeiro por razões óbvias: envolveria muito dinheiro. Vejam que o Cruzeiro não pode construir um estádio qualquer. Teria que ser uma Arena que comporte bem sua imensa torcida e ainda fosse de fácil acesso.

A manutenção de um estádio também demanda custos. No momento atual, o Cruzeiro joga no Mineirão, pega a grana e vai embora pra casa. Chega em um estádio limpinho e deixa a manutenção por conta da Minas Arena. Existem as despesas com a arbitragem e outras de praxe, mas a taxa administrativa não paga desde que a administradora deu vantagens a outro clube. Um grande negócio!

No entanto, diante de tanta amolação que esse pessoal nos causa, gostaria muito que houvesse uma movimentação junto a patrocinadores, empresas do ramo da construção para realizar o velho sonho do estádio próprio. Uma arena com capacidade para umas 35 mil pessoas. Daí deixamos os jogos maiores para o Mineirão – ou não, dependendo da relação com a administradora.

Creio que se construíssemos o nosso próprio estádio, o Mineirão se tornaria um enorme elefante branco. Aí sim, quem sabe, eles nos tratariam verdadeiramente como parceiros, coisa que até agora fica apenas no papel.