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17/3/2016 18:13

Minas Arena entra na Justiça cobrando dívida do Cruzeiro; clube se defende

Concessionária cobra valores não pagos pela Raposa referentes a custos operacionais do Mineirão. Clube mineiro se baseia em cláusula do contrato

Minas Arena entra na Justiça cobrando dívida do Cruzeiro; clube se defende
Mineirão vazio no duelo do Cruzeiro contra o Atlético-PR, pela Primeira Liga (Foto: Marco Astoni)

A Minas Arena anunciou, nesta quinta-feira, que entrou com uma ação na Justiça, requerendo valores que deveriam ter sido pagos, segundo a concessionária, pelo Cruzeiro, em relação a custos de operação no Mineirão, que incluem gastos com funcionários, suporte, segurança, água e luz. A empresa, que irá emitir uma nota oficial sobre o caso, já havia avisado ao clube mineiro que entraria com uma ação, pleiteando os valores não pagos. A Raposa, por meio de sua assessoria de comunicação, admite que não tem pago esses custos, mas se defende, afirmando que está valendo dos mesmos benefícios concedidos ao Atlético-MG na decisão da Libertadores de 2013, quando o clube alvinegro foi isentado de pagar as principais despesas.

Os valores, até meados do ano passado, chegavam a R$ 5,5 milhões. O Cruzeiro relatou esse débito no balanço de 2014 e o fará novamente no balanço financeiro desta temporada.

Segundo a equipe azul, há uma cláusula no contrato firmando com a Minas Arena que diz que todo benefício dado a outros times, como foi dado o Atlético-MG, em jogos no Gigante da Pampulha, deve ser estendido ao Cruzeiro. Entretanto, a Minas Arena não concordou com os argumentos e decidiu entrar na Justiça, após não ter sucesso em uma tentativa de acordo verbal com a Raposa.

O imbróglio todo começou quando o governo de Minas - que tem direito a utilizar o Mineirão em algumas datas na temporada - reservou o estádio para a data da final da Libertadores entre Atlético-MG x Olimpia, do Paraguai. A informação, na época, foi confirmada pela Secopa (Secretaria de Estado Extraordinária da Copa do Mundo), órgão hoje já extinto. Presidente do Atlético-MG na época da decisão, Alexandre Kalil negou que a data tinha sido reservada pelo Governo Estadual.

O benefício foi cedido ao Atlético-MG utilizar na decisão da Libertadores, e o rival cruzeirense não custeou as despesas de operação, o que gerou revolta da cúpula do Cruzeiro, que desde então deixou de pagar os custos referentes a essas despesas, pois estava baseada na cláusula do contrato que tem com a Minas Arena. O Cruzeiro ainda informou que não há risco de o clube deixar de jogar no Mineirão.

4866 visitas - Fonte: Globo Esporte




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