4/3/2016 11:48
Quase perfeito: Romero errou apenas dois passes em dois jogos pelo Cruzeiro
Lucas Romero durante clássico entre Cruzeiro e América-MG, no Mineirão
Bastaram dois jogos para que o argentino Lucas Romero apresentasse no Cruzeiro uma das suas características mais marcantes, quando atuava ainda pelo Vélez Sarsfield-ARG, seu ex-clube: a eficiência nos passes.
No Cruzeiro, o desempenho do volante de 21 anos, neste quesito, beira a perfeição. De acordo com o Footstats, nas duas partidas que atuou pelo Cruzeiro, Romero anotou o mesmo número de tentativas de passes, 45, e somou apenas dois erros, um em cada jogo. O altíssimo índice de acertos encontra justificativa nas próprias características do argentino, que se sente à vontade para ter a bola nos pés e participar ativamente do jogo.
"É algo que trago das divisões inferiores do Vélez. Sempre tento ser o líder do time, conduzir a bola e gosto que a bola passe por mim, sentir-me participante de cada jogada no ataque, que seja o passe ao meia ou ao atacante. Gosto que a equipe gire, crie situações. Gosto de ter a bola e tentar chegar da forma mais clara ao gol do rival. Estou continuamente procurando a bola, atraio a bola, me movo para o lado esquerdo, para procurar a bola, para encontrar a maneira de chegar (ao gol adversário)", disse Romero.
Ainda pouco conhecido pela maioria da torcida cruzeirense, o volante reforçou que, nos tempos de Vélez, já se mostrava um jogador muito participativo e efetivo nos passes, o que acabou lhe rendendo bastante destaque na Argentina. Agora no Cruzeiro, Romero entende que poderá utilizar ainda mais o seu poder de organização no meio-campo, uma vez que, no Brasil, os jogadores têm mais espaço para pensar o jogo.
"No Vélez também tenho antecedentes. No futebol argentino, no campeonato de 2013, eu e Lucas Bernardi (na época, jogador do Newell's Old Boys) fomos os jogadores com mais passes no futebol argentino. Cheguei a ter 60 passes por jogo, uma quantidade muito alta, e sempre sendo efetivo. Por isso, gosto que a equipe tenha confiança em mim, tente sempre me encontrar para me dar a bola e eu começar a armar o jogo", destacou.
"Aqui no Brasil, todos são muito bons, do goleiro ao atacante. Na Argentina, há alguns jogadores técnicos, outros nem tanto. Então, há sacrifício em algumas partidas. Na Argentina, é futebol mais agressivo, de pressão, e no Brasil há mais tempo para jogar. E volante precisa um pouco mais de tempo para pensar a maneira de jogar. Me sinto cômodo, gosto do futebol brasileiro. E tento sempre pressionar e recuperar a bola. Tenho uma forma dinâmica e agressiva para recuperar a bola. Sempre vou fazer isso para ajudar a equipe", concluiu.
4458 visitas - Fonte: ESPN