Matías Pisano, Ariel Cabral e Federico Gino são metade dos gringos do Cruzeiro (Foto: Washington Alves/Light Press)

Não se assuste se um dia você entrar na Toca da Raposa e ouvir alguns diálogos em espanhol. É, simplesmente, uma consequência do estilo de plantel que a diretoria do Cruzeiro decidiu formar para a temporada. São, ao todo, seis. Os argentinos Romero, Ariel Cabral, Sánchez Mino, Pisano, além dos uruguaios Gino e Arrascaeta. Mas como estão estes jogadores na visão do treinador? Afinal, por serem de outros países, com língua, cultura e até conceitos do futebol diferentes, a adaptação é sempre um problema.

Sánchez Miño segue prestigiado pelo treinador (Foto: Washington Alves/Light Press)

Sánchez Miño ganhou a titularidade, além da confiança de Deivid. O treinador rasgou elogios ao argentino, mas pediu um pouco de paciência para a torcida para que ele possa se adaptar ao estilo de jogo brasileiro e do Cruzeiro.

- Um jogador que está em adaptação no Brasil. É como eu tenho falado: passei por isso quando joguei fora. Tem que ter calma com ele. Pode fazer um jogo belíssimo e outro não tão bom. Tem que ter paciência, tem que ter calma. Está se adaptando, tem um mês no nosso pais. É um baita jogador, um belo jogador. Vai pegar nossa filosofia e o ritmo.

Arrascaeta já é de casa. O uruguaio vive a segunda temporada no Cruzeiro, após um primeiro ano de irregularidades. Deivid comemora o fato de ter conseguido colocar o meia em uma boa fase neste início de temporada, marcando gols e sempre um dos principais nomes da equipe.

- A gente fala muito no empate e esquecemos da evolução do Arrascaeta. Era um jogador muito cobrado e nós conseguimos recuperá-lo, como conseguimos recuperar ele, tem outros que estamos trabalhando, conversando, para que eles possam ficar à vontade e a cada jogo jogar soltos e felizes para nos ajudar.

Também no Cruzeiro desde o ano passado, Cabral começou a temporada como titular, mas perdeu a vaga para o compatriota Lucas Romero, na partida contra o Tricordiano. No entanto, Deivid vê em Cabral uma peça importante para cadenciar o jogo e manter a posse de bola.

- Quando eu coloquei o Ariel no time (na partida contra o América-MG), era para ele cadenciar o jogo, trabalhar a bola. O jogo estava muito corrido e não estávamos conseguindo segurar a bola, ela estava batendo e voltando. Falei para ele segurar a bola e fazer o time adversário correr. Aos poucos ele vai pegando a condição física e vai nos ajudar muito.

Federico Gino ainda não teve uma oportunidade, Pisano até entrou, mas ainda não teve uma sequência. Apesar disso, Deivid garante que todos os gringos, assim como os brasileiros, terão sua oportunidade de mostrar o futebol, na temporada para ajudar o Cruzeiro.

Isso já estava no planejamento. Até porque como eu falei, são cinco rodadas no Campeonato Mineiro, mas infelizmente têm alguns jogadores que ainda estão em processo de adaptação, no clube, no país. Ter que dar mais um pouquinho de tempo.

Para que possamos ter o time jogando no ideal.

Lucas Romero foi último a chegar, mas já ganhou a vaga de titular (Foto: Reprodução / TV Globo Minas)