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26/2/2016 18:50

Diretor do Cruzeiro polemiza: 'Jogador burro não fica mais em time grande'

Diretor do Cruzeiro polemiza: Jogador burro não fica mais em time grande
Thiago Scuro se tornou diretor executivo de futebol do Cruzeiro em setembro de 2015 (Foto: Washington Alves/Light Press)

Diretor executivo de futebol do Cruzeiro desde o fim de setembro de 2015, Thiago Scuro foi um dos convidados pelo Borussia Dortmund para a abertura do curso que o clube oferece para os técnicos de categorias infanto-juvenis de São Paulo. Ex-supervisor da base do Pão de Açúcar Esporte Clube, agora Audax, o dirigente polemizou nesta sexta-feira, ao comparar os atletas de níveis de investimentos diferentes.

“Jogador burro não fica mais em time grande, isso acabou. Os atletas de times grandes têm um nível cognitivo mais alto que os de pequenos. Vi isso quando fui para o Cruzeiro”, disse o cartola, que também já integrou a diretoria do Red Bull Brasil.

Com o mesmo senso crítico, Scuro analisou o atual momento do esporte no País. “O futebol no mundo sofre um momento muito ruim. O maior dos problemas do Brasil é a falta de credibilidade, pois impossibilita que a gente traga mais recursos, atraía o interesse das pessoas, tenha mais torcedores no estádio e patrocinadores. No final, por melhor que a ideia seja, é preciso de recursos para viabilizá-la. Acho que cuidar da credibilidade do futebol brasileiro como produto, independentemente do clube, deve ser uma preocupação coletiva, pois o impacto vem para todos”, afirmou à Gazeta Esportiva.

Pouco tempo depois da chegada de Scuro à Raposa, Deivid foi oficializado como técnico do Cruzeiro, medida que causou surpresa pela pouca experiência do treinador, antes apenas auxiliar. Até o momento, a aposta do clube celeste parece ter vingado.

“Para o julgamento público, estamos sempre muito suscetíveis aos resultados dentro de campo. Em termos de resultados, o início de temporada está sendo muito bom. Temos que continuar trabalhando para que o desempenho evolua ainda mais e para que o trabalho possa adquirir uma consistência suficiente para passar pela turbulência. O grande problema é que os dirigentes que tomam decisões no futebol brasileiro são pressionados excessivamente por fatores externos, aí cria-se um ambiente pouco saudável para que as coisas deem certo. O que temos feito no Cruzeiro é tratar tudo de forma transparente para ter uma relação de cumplicidade, proximidade com o torcedor, a imprensa e a comunidade”, declarou.

O diretor também falou sobre as expectativas do Cruzeiro para esta temporada. “O final de 2015 deixou um otimismo muito grande. A primeira ação nossa foi trabalhar em cima da manutenção dos principais jogadores, e conseguimos isso. Paralelamente, buscamos contratações em setores que vimos que podiam melhorar a competitividade. Pela qualidade do elenco e pelo trabalho da comissão técnica, temos certeza que o Cruzeiro terá um bom ano”, finalizou.

37449 visitas - Fonte: Gazeta Espotiva




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