Volante Lucas Romero, que jogou contra o Tricordiano, deve ser mantido no clássico

Os estrangeiros estão com força total ao Cruzeiro neste ano, a ponto de o “portunhol” ter virado a segunda língua na Toca da Raposa II neste início de temporada. Mas se os seis jogadores de língua espanhola – incluindo Federico Gino, que nasceu no Brasil, mas também tem cidadania uruguaia e italiana – são muito unidos fora de campo, sendo vistos juntos a maior parte do tempo, com a bola rolando é cada um por si, mostrando que a concorrência independe de passaporte.

Ainda que a legislação permita a escalação dos cinco jogadores de fora do Brasil, o técnico Deivid tem mostrado que não há espaço para todos eles no time neste momento. Tanto que, para promover a estreia do volante Lucas Romero diante do Tricordiano, sábado, ele tirou outro argentino, Ariel Cabral, titular desde setembro.

Pelo que mostrou no treino de ontem, o treinador celeste deverá manter o time que começou diante do time da equipe de Três Corações. Isso significa que não só Ariel Cabral, mas Gino e também o argentino Matías Pisano continuam no banco de reservas – Sánchez Miño será titular pela quinta partida seguida. Outro que tem vaga garantida é o uruguaio De Arrascaeta, autor do gol da vitória em Sete Lagoas.

Deivid argumenta que não pensa em colocar todos os gringos ao mesmo tempo por cautela. “Já joguei em outros países e sei que precisa dar tempo para o jogador se adaptar. Os que chegaram foram bem recebidos, mas é preciso cuidado para não haver precipitações”, afirma o treinador celeste, que, quando jogador, atuou na França e na Turquia.

Assim, ele vem promovendo as entradas dos novos contratados aos poucos. Se entre os estrangeiros falta apenas a estreia de Gino, dos brasileiros ainda não jogaram o volante Marciel (emprestado pelo Corinthians) e o armador Bruno Nazário, que vêm treinando normalmente.

Mas mesmo quem tem história no Cruzeiro precisa brigar por uma vaga de titular. É o caso do atacante Élber, que entrou, e bem, nos últimos quatro jogos da Raposa, mas ainda não fez o suficiente para começar uma partida.

Isso não desanima o prata da casa, que foi emprestado ao Coritiba em 2014 e defendeu o Sport em 2015, tendo retornando à Toca da Raposa II em janeiro. “A concorrência aqui é com muito respeito, todo mundo trabalhando. E não tem diferença em disputar posição com brasileiro, argentino, uruguaio. O importante é quem está de fora ter respeito pelas decisões (da comissão técnica) e buscar o espaço no dia a dia”, declara Élber, para quem o Cruzeiro está bem servido.

Ele ganhou motivação extra para seguir dedicado, pois teve o contrato prorrogado ontem. O compromisso, que ia até julho do ano que vem, agora vale até dezembro de 2018. “Isso dá uma tranquilidade a mais para trabalhar, melhorar. Sei que agora tenho de me dedicar ainda mais, pois quero ter outros contratos com este que é o clube que eu amo”, diz.

PÉ NA FÔRMA Além da atividade tática, os jogadores realizaram treino técnico ontem, em que duplas de zagueiros foram bastante exigidas. Já os demais atletas tinham a missão de aproveitar os rebotes para aprimorar finalizações.

Frustração de Mayke

O que era para ser uma tarde de alegria, depois de 10 dias cuidando de contratura na panturrilha direita, se tornou frustração para o lateral-direito Mayke. Durante a atividade técnica realizada ontem na Toca da Raposa II, o jogador sentiu fisgada na coxa direita e deixou o campo mais cedo com lágrimas nos olhos. O departamento médico do Cruzeiro ainda não divulgou a gravidade da contusão, mas é praticamente certo que o atleta desfalque o Cruzeiro pelo quarto jogo seguido, quando a equipe enfrenta o América no domingo, pelo Campeonato Mineiro.