24/2/2016 12:35
Respeito
'Só domingo saberemos se a aposta no Deivid valeu a pena. Se ganhar do América, terá crédito até o clássico contra a turma de Lourdes. Se perder, a fritura natural começará a atrapalhar o seu trabalho'
Resolvi fazer uma colcha de retalhos de alguns assuntos que me chamaram a atenção durante os últimos dias, sobre o manto azul celeste.
Primeiro, no último fim de semana, o nosso time de vôlei conquistou o tricampeonato sul-americano e passou o de futebol no número de conquistas continentais. Os números da equipe são impressionantes. Bicampeã mundial e tricampeã da Superliga são apenas alguns dos feitos recentes. Sem desmerecer os outros jogadores, mas, numa rápida lembrança, tenho como referência o nosso levantador, William, com sua barba de lenhador, e o líbero Serginho, com quem já tive oportunidade de jogar algumas partidas de futebol. Essa turma realmente já deixou o seu nome marcado na história do clube.
Falando do nosso time de futebol, ainda sinto falta de um nome que seja unanimidade entre os contratados. Fico feliz de ver o Dedé voltando a jogar em alto nível. Mas está difícil demonstrar animação com esses resultados. Só no domingo saberemos se a aposta no Deivid como técnico valeu a pena. Se ganhar do América, terá crédito até o clássico contra a turma do Bairro de Lourdes. Se perder, a fritura natural começará a atrapalhar o seu trabalho. Agora começo a pensar que ele arriscou muito ao aceitar este trabalho no Cruzeiro. Neste momento, a expressão “a camisa pesa” começa a fazer sentido para ele como técnico. A vida é assim: sonhar é uma coisa, realizar é outra.
Pra finalizar, recebi num grupo de fanáticos pelo Cruzeiro algumas fotos do ilustre presidente da Federação Mineira de Futebol com a camisa do Estudiantes junto com a taça da Libertadores, provavelmente, no dia em que perdemos a final de 2009 no Mineirão. Não consigo encontrar coerência em como uma pessoa que chega a esse ponto de fanatismo pelo seu time tenha se tornado presidente da entidade que representa e organiza o futebol mineiro. É a velha e tradicional política mostrando que uma mudança em busca de credibilidade no futebol ainda está longe de acontecer. Demonstrar publicamente para qual time se torce é natural, faço isso também. Mas fica difícil de acreditar em coerência ou isenção quando os sinais são evidentes de que não existem. O que mais desejo é que toda essa paixão demonstrada tenha sido revertida em defender os interesses do futebol do nosso estado. Mesmo sendo um otimista incorrigível, acho pouco provável que isso aconteça.
Algumas pessoas provavelmente irão argumentar que já faz muito tempo, mas a própria turma do outro lado da Lagoa insiste em relembrar tal data ao convidar o Verón para assistir à estreia do Pedalada no Poliesportivo do Horto. Como cruzeirense, só posso me sentir honrado. É muito carinho até com as nossas derrotas.
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