Paulo Galvão /Estado de Minas

Depois de 10 dias longe dos gramados, o Cruzeiro volta a campo hoje, às 17h, para encarar o Tupi, no Mineirão, pela terceira rodada do Campeonato Mineiro. O duelo servirá para provar se o técnico Deivid conseguiu usar o tempo livre para melhorar o desempenho da equipe celeste, que deixou a desejar nos três primeiros jogos oficiais da temporada, ainda que venha de vitória por 2 a 1, de virada, sobre o Tombense, em Muriaé.

Para isso, o treinador exigiu bastante dos jogadores nos treinamentos na Toca da Raposa II, principalmente desde segunda-feira. Houve atividades técnica e táticas, nas quais ele optou por mudar o esquema, adotando algo semelhante ao que era utilizado no ano passado, quando a Raposa obteve recuperação sensacional no Campeonato Brasileiro, e abandonando o 4-2-3-1 usado nos primeiros jogos.

“O período sem jogos foi bom, pegamos bem pesado (nos treinos). E aproveitei o carnaval (quando houve folga de dois dias) para descansar, mas, principalmente, para refletir bastante sobre a forma como atuamos nos três últimos jogos. Aproveitamos para testar algumas opções, ajustar algumas coisas, procuramos ser coerentes, justos. Será assim para achar a posição certa para cada um. Foi um tempo perfeito para trabalhar”, analisa Deivid, que sabe que um novo tropeço hoje, como foi contra a URT, na estreia no Estadual, representará pressão sobre seu trabalho.
Em relação à partida contra a equipe de Tombos, a principal mudança é a entrada de Marcos Vinícius na vaga de Gabriel Xavier. O camisa 20, porém, atuará um pouco mais recuado, pelo lado direito. Com isso, a armação ficará a cargo do argentino Sánchez Miño, cuja mobilidade agradou a Deivid e a outros integrantes da comissão técnica.

“Futebol é preenchimento de espaço. Se você estiver bem posicionado, vai correr menos. O Sánchez é versátil, tem boa leitura do jogo. Tomara que a gente consiga fazer um bom jogo com o Tupi e conquiste o resultado”, diz o comandante celeste.

Os jogadores também acreditam que o novo esquema pode funcionar. “Como a URT, o Tupi deve vir fechado. Temos de ter válvulas de escape para furar o bloqueio deles, ter paciência, rodar a bola, pois se a gente for para cima de qualquer jeito, podemos dar o contra-ataque”, declara o lateral-direito Mayke.

ADVERSÁRIO Pelo lado da equipe de Juiz de Fora, o objetivo é conquistar ao menos o primeiro ponto no Mineiro, depois de derrotas para América e Uberlândia. Para isso, estreia o técnico Ricardo Drubscky, que tem feito mistério quanto à escalação. Certo é que o armador Ramon está fora por causa de contusão no tornozelo.