Deivid admitiu alívio com vitória, após dois empates no ano (Foto: Washington Alves/Light Press)
O Cruzeiro teve muitas dificuldades para vencer o Tombense, por 2 a 1, na noite desta quarta-feira, em Muriaé, pela segunda rodada do Campeonato Mineiro. O time do interior foi superior no primeiro tempo, e Deivid precisou trabalhar muito no intervalo para inverter o quadro. As mudanças feitas pelo treinador cruzeirense, tanto nas peças como no esquema tático, foram fundamentais para a postura mostrada pelo time no segundo tempo. Para entender o que aconteceu na Zona da Mata mineira, nesta quarta, é preciso voltar ao jogo de domingo, contra a URT, no Mineirão.
Na estreia do Campeonato Mineiro, Deivid mandou o Cruzeiro no 4-2-3-1. À frente da linha de zagueiros e laterais, dois volantes (Henrique e Ariel Cabral) três homens de armação (Alisson pela direita, Marcos Vinícius centralizado e Arrascaeta pela esquerda), e Willian no ataque. O esquema, semelhante ao que Marcelo Oliveira usou nos títulos brasileiros de 2013 e 2014, não funcionou com a equipe de Patos de Minas, tanto que o placar não saiu do 0 a 0, mesmo o Cruzeiro tendo criado algumas chances.
O esquema tático 4-2-3-1 foi repetido na partida contra o Tombense (veja no campinho abaixo), nesta quarta. A diferença foi a mudança nas peças usadas. Dedé foi poupado, e Willian vetado para o jogo. Os substitutos foram, respectivamente, Bruno Rodrigo e Rafael Silva. A dupla de volantes foi a mesma. O trio de armadores não. Alisson foi mantido na direita. Gabriel Xavier substituiu Marcos Vinícius no meio, e Sánchez Miño ficou com a vaga de Arrascaeta. O esquema continuou não funcionando. O Cruzeiro deixou o primeiro tempo perdendo por 1 a 0 e sendo envolvido pela equipe de Tombos.
Esquema tático do Cruzeiro no primeiro tempo contra o Tombense (Foto: GloboEsporte.com)
As mudanças de Deivid, no intervalo, entretanto, fizeram o Cruzeiro finalmente, jogar bem neste Campeonato Mineiro. O 4-2-3-1 se transformou num 4-3-3. A dupla de volantes virou um trio de meio de campo. Os integrantes foram os volantes Henrique e Sánchez Miño, que foi recuado, e Marcos Vinícius. Cabral deixou o jogo. O quarteto de frente – três armadores e um atacante – virou um trio. Alisson passou da direita pela esquerda. Élber assumiu a antiga posição de Alisson, e Rafael Silva permaneceu centralizado. A excelente entrada de Marcos Vinícius fez com que Alisson crescesse em campo. Sánchez Miño também se destacou, e Élber teve bons momentos. Com o novo esquema (confira no campinho abaixo), as peças funcionaram melhor, tanto que a virada do Cruzeiro saiu naturalmente.
Cruzeiro no segundo tempo contra o Tombense (Foto: GloboEsporte.com)
O 4-3-3 de Muriaé foi muito parecido com o de Mano Menezes, que fez o Cruzeiro brilhar no segundo turno do Campeonato Brasileiro. Além de consistência defensiva, permitiu ao time ter mais posse de bola e criar mais chances de gol. Deivid gosta de estudar táticas e alternativas para a equipe e nunca escondeu de ninguém que aprendeu muito com Mano, nos meses em que foi seu auxiliar na Toca da Raposa II. Não será surpresa se Deivid mudar o Cruzeiro do 4-2-3-1 para o 4-3-3 nos próximos jogos. Ainda mais se o futebol apresentado em campo continuar tão diferente com um esquema e outro.