O lateral-esquerdo Fabrício acrescentou mais um episódio em seu histórico logo na estreia do Cruzeiro no Campeonato Mineiro, domingo, quando a Raposa ficou no 0 a 0 com o URT. Conhecido por outros momentos de "explosão" na carreira, o jogador exagerou na irritação em um lance aos 10 minutos do primeiro tempo e deixou o narrador Rogério Corrêa preocupado. Apesar do alerta, o narrador faz ressalvas e prefere tratar a "recaída" como um fato isolado.

- O comportamento dele no Cruzeiro tem sido até agora quase exemplar, esse fato de uma recaída, mas é claro que deixa todo mundo preocupado pelo histórico que ele acabou construindo no Rio Grande do Sul. Ele teve um filhinho recentemente, o Henry, homônimo do famoso jogador francês, e prometeu colocar a cabeça no lugar. Daí a preocupação com o que aconteceu - disse, no "Redação SporTV", lembrando que o lateral chegou ao clube mineiro após ter tido um ataque de fúria quando defendia o Internacional.

No clube gaúcho, o jogador já tinha um histórico, mas o fato que provocou a saída foi considerado a gota d'água porque Fabrício fez gestos obscenos para a torcida e jogou a camisa do clube no chão. Na ocasião, ele foi expulso e deu muito trabalho as companheiros, que tiveram dificuldade em contê-lo. Contra o URT, a bronca foi com Alex Muricy, lateral do time adversário. O cruzeirense sofreu uma falta, ficou extremamente irritado e precisou ser contido. Levou cartão amarelo na confusão.

- O Fabrício é um jogador que conquistou a posição. No ano passado, todo mundo achava que o Mena seria titular absoluto, e ele (Fabrício) ganhou a posição, mas com 10 minutos de jogo comprou uma briga desnecessária. Foi difícil contê-lo depois desse lance. Foi uma jogada mais ríspida, mas não desleal, mas o Fabrício não entendeu assim. Foi muito difícil segurá-lo , o Cruzeiro poderia ter perdido um jogador logo de cara. E ele já deixou o Internacional também perdendo a cabeça, é um jogador que precisa um pouco mais de calma para mostrar todo futebol que tem - considerou o narrador.

O apresentador André Rizek lamentou que Fabrício tenha acrescentado mais um episódio ao seu histórico no início da temporada.

- Acho triste a situação do Fabrício, porque ele tem talento e foi tão bem tratado pelos treinadores, e tem que citar o Abel Braga, no Internacional, tratando com o maior cuidado do mundo. Ele não tem serenidade para exercer essa profissão - disse.
Emprestado ao Cruzeiro após ter deixado o Beira-Rio, em abril do ano passado, Fabrício acertou a permanência na Toca da Raposa no início deste ano. Na troca, o clube mineiro liberou o meia Marquinhos para o Colorado.


Fabrício deixou Inter após ataque de fúria no Gauchão do ano passado (Foto: Edu Andrade/Agência Estado)