Gabriel Xavier quer permanecer no futebol brasileiro (Foto: Washington Alves/Light Press)

primeira temporada de Gabriel Xavier com a camisa do Cruzeiro foi marcada pela irregularidade. Logo após sua chegada, caiu nas graças da torcida, que pedia sua entrada nos jogos e aplaudia os lances de habilidade e velocidade. Apesar da empatia com os torcedores celestes, Gabriel não conseguiu uma sequência grande de jogos como titular. Ao todo, fez 23 jogos com a camisa estrelada, e marcou um gol, contra o Atlético-MG. Ao fim da temporada, o jogador recebeu sondagens para sair do clube, inclusive uma proposta do mundo árabe.

A escolha por ficar foi do próprio Gabriel, que ainda quer fazer mais pelo Cruzeiro antes de se transferir.

- Veio essa proposta, mas não é um planejamento de carreira que eu tenho (ir para o mundo árabe agora). O lado financeiro pesa muito, mas por eu ser jovem, não é o que penso agora. O Cruzeiro tem uma estrutura de ponta, não tenho o que falar. Acho que tenho muito pra contribuir com o Cruzeiro e com o futebol brasileiro.

Gabriel Xavier tem 22 anos, o que lhe permite sonhar com uma vaga nas Olimpíadas do Rio, esse ano – a seleção é formada por jogadores com até 23 anos. O meia revelou que, além das Olimpíadas, seu plano de carreira inclui ficar mais tempo do Cruzeiro, antes de se transferir, já que a visibilidade do mundo árabe não favorece.

Quero crescer aqui dentro do Cruzeiro. Também tenho idade para seleção olímpica, quem sabe, nada é impossível. Sonho em chegar à seleção brasileira. A gente sabe que o mundo árabe e asiático ainda são um pouco esquecidos. Meu plano é crescer aqui no Cruzeiro, e depois quem sabe buscar uma Europa ou seleção brasileira.

Gabriel Xavier, nas primeiras semanas de treinamento deste ano, não tem aparecido entre os titulares nos coletivos. Apesar disso, ele sabe que o ano é longo, e que a oportunidade vai aparecer.

- Eu venho com o mesmo pensamento do ano passado. Venho aqui pra trabalhar, tenho contrato, venho trabalhando buscando meu espaço. O treinador tem um grupo de 35 jogadores, só jogam 11. Mas temos quatro competições, sabemos que o ano é longo e existem lesões, e uma série de fatores que podem tirar jogadores.

A briga por uma posição no meio-campo celeste está acirrada. Além dos jogadores que estavam no clube em 2015 e permaneceram, a diretoria celeste trouxe Bruno Nazário, Sanchez Miño e Matías Pisano, reforços para o setor de criação do time.