Cruzeiro precisa ser sereno, justo e consciente para resolver polêmica instaurada por Benecy


Tenho 31 anos de idade, mais de vinte deles acompanhando e tentando entender o futebol e especialmente o Cruzeiro. Morrerei tentando. Cresci ouvindo que o clube, além de organizado e tudo, possuía um cara que era uma espécie de coringa e apagava todo tipo de incêndio lá dentro. O nome dele é Benecy Queiroz.


Com quase 45 anos de Cruzeiro, Benecy vivenciou de perto a maioria das glórias do clube e já fez praticamente tudo lá dentro; é o que se tem notícia. Se notabilizou especialmente por ser o cara que ajeitava o meio de campo fora das quatro linhas, sempre tomou frente das questões burocráticas e, cabe ressaltar, sempre pareceu ter cumprindo estas funções com eficiência.


Quando foi alçado pelo presidente Gilvan de Pinho Tavares ao cargo de “diretor de futebol” no início do ano passado ao lado de Valdir Barbosa, Benecy mostrou publicamente uma face que poucos (ou ninguém) conheciam. Talvez deslumbrado com os holofotes e por passar a ser uma figura carimbada na imprensa para falar de tudo, especialmente do que não era necessário, o supervisor deu lá seus escorregões. Além de declarações equivocadas, esqueceu, por exemplo, de regularizar a documentação do camaronês Joel, que ficou de fora de jogos na primeira fase da Libertadores quando o clube atuou fora do país. Um tipo de erro que o Benecy das antigas, ou aquele Benecy que sempre ouvíamos falar, não cometeria.