8/1/2016 11:30
O estilo do professor
Em primeiros dias como treinador efetivo do Cruzeiro, Deivid aproveita período em que o grupo está sob cuidados de médicos e fisioterapeutas para traçar planejamento
'Vamos colocar a bola nos trabalhos desde o início, pois jogador é igual a criança: precisa da bola para ficar feliz', diz técnico Deivid
Nos primeiros dias da pré-temporada do Cruzeiro, fisiologistas, médicos, preparadores físicos e fisioterapeutas têm importância maior que a do treinador. Isso não significa, porém, que Deivid esteja parado. Pelo contrário, ele aproveita o período em que não há ainda atividades no campo para finalizar o planejamento da equipe para 2016, traçando estratégias e pensando na melhor formação, além de mudanças que podem ser feitas durante as partidas.
Em seu primeiro trabalho como treinador, ele sabe que a expectativa da torcida é grande e espera corresponder. “Precisamos ganhar todas as competições que disputarmos. Tivemos dois anos maravilhosos, em 2013 e 2014, mas passamos em branco em 2015. Espero ser vencedor como treinador, fazer história, como fiz como jogador”, afirma o novo comandante celeste, escolhido pela diretoria para substituir Mano Menezes, de quem era auxiliar técnico como membro permanente da comissão técnica cruzeirense.
Justamente por ter participado do trabalho do antecessor, Deivid não pretende fazer muitas mudanças, ao menos neste início de ano. Ainda assim, ele comemora a chegada de quatro jogadores: os atacantes Douglas Coutinho e Rafael Silva foram apresentados ontem à tarde, o que pode ocorrer hoje com os armadores Bruno Nazário e Sánchez Miño. O Cruzeiro também já tem tudo acertado com o armador Pisano e tenta fechar com o volante Gustavo Cuéllar.
“A chegada desses quatro jogadores fortalece o grupo, foi mantida a base (do ano passado) e ainda aumentamos a qualidade. Estou muito esperançoso de que teremos um grande ano”, aposta o treinador, lembrando que, do time que terminou 2015 como titular, a Raposa perdeu apenas o lateral-direito Ceará, assim mesmo, por opção do clube.
Se optar por alterações, técnicas ou táticas, será em função dos treinos e do diálogo com os comandados. “Gosto de conversar com cada jogador individualmente, saber onde cada um se sente à vontade. É isso que vou fazer para definir o time”, afirma.
Até ontem, os campos da Toca da Raposa II ainda não haviam sido usados neste ano. A partir de agora, porém, é natural que as atividades ao ar livre passem a ser mais frequentes, inclusive porque a intenção da comissão técnica é mesclar trabalhos físicos e técnicos. “Vamos colocar a bola nos trabalhos desde o início, pois jogador é igual a criança, precisa da bola para ficar feliz”, comenta Deivid.
APOIO
Se pode haver alguma desconfiança na torcida em relação ao trabalho do treinador, isso não ocorre com um dos maiores ídolos do Cruzeiro, Dirceu Lopes, que esteve na Toca ontem e fez questão de elogiar o comandante: “O Deivid é um predestinado, sofreu muito no futebol, mas tem uma determinação incrível. Tem tudo para ser um dos grandes treinadores do país”.
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