Cruzeiro espera que o rendimento do Cruzeiro em 2016 seja melhor do que no último ano (Foto: Washington Alves / Light Press)
O ano de 2015, para o Cruzeiro, não foi bom. O clube terminou a temporada sem títulos e sem vaga para a Libertadores de 2016. Agora é tempo de preparação. Mais um ano está começando, e o Cruzeiro quer ter uma fase parecida com 2013 e 2014, quando conquistou o bicampeonato brasileiro. O presidente Gilvan de Pinho Tavares comentou sobre a última temporada do time, quando, segundo ele, alguns detalhes não funcionaram. Entre esses detalhes, o grande número de contusões e o baixo rendimento de alguns jogadores, que eram apostas do clube.
- Eu contava que 2015 também ia dar tudo certo. Vieram atletas que já eram experimentados, que vieram para jogar muito futebol no Cruzeiro, e infelizmente não renderam o que deles se esperava. Nós tivemos muitas contusões no elenco, precisamos lembrar que teve período da gente ter 15 atletas no departamento médico. Dedé, Bruno Rodrigo, Alisson, só pra citar rapidamente. Eram 15 atletas desse porte, que poderiam facilmente ser titulares. Evidentemente que o rendimento não foi o mesmo.
Um dos principais exemplos de jogadores que vieram com grande expectativa por parte do clube e da torcida, e acabaram não rendendo tão bem, é Arrascaeta. O jovem uruguaio, de 21 anos, não conseguiu se firmar como titular do clube. Já fez 43 jogos com a camisa celeste, e marcou nove gols. Gilvan defende que a inexperiência do atleta aliada à juventude podem ter o prejudicado na primeira temporada em Belo Horizonte.
- O Arrascaeta foi um atleta que chegou e tinha a expectativa de todos aqui e da imprensa, pra que ele jogasse pelo menos próximo a oque jogava no Uruguai, e demorou mais tempo pra se adaptar. Só agora no final do ano que ele brilhou mais. O caso do Arrascaeta teve outras questões que influenciaram. Principalmente na questão da juventude dele. Chegou muito novo aqui. Chegou praticamente com menos de 20 anos. Isso pesa na adaptação. Sozinho, falando outra língua, isso que deve ter pesado.
Jovem, estrangeiro e vindo jogar pela primeira vez no futebol brasileiro. Caso de Arrascaeta e também de Gustavo Cuellár e Matías Pisano, de 23 e 24 anos, respectivamente, que estão próximos de serem confirmados como reforços do Cruzeiro. Gilvan, porém, garante que não teme que os dois jogadores tenham problemas de adaptação, assim como o uruguaio. Segundo ele, isso varia de jogador para jogador. Para tranquilizar a torcida, o presidente cita o caso de Ariel Cabral, volante que chegou ao Cruzeiro com alguma desconfiança. Ele rapidamente se firmou na equipe titular e se mostrou peça importante no time celeste.
Arrascaeta não conseguiu se firmar como titular no time do Cruzeiro (Foto: Lucas Uebel/Light Press)
- Isso varia de atleta pra atleta. Se vocês pensarem bem, vão lembrar o caso do Ariel Cabral, que havia saído do Vélez, e por questões contratuais ficou sem clube. Até conseguir a liberação, ficou meses sem jogar. Chegou aqui com desconfiança de todo mundo, diziam que ele ia custar demais a recuperar a condição técnica e física. Chegou em agosto, e já em setembro era uma das principais armas do cruzeiro.
Engrenou, jogando um futebol de primeira linha. Pode acontecer com um ou outro (dificuldades de adaptação), mas é raro isso acontecer.
O sucesso de Gustavo Cuellár e de Matías Pisano com a camisa cruzeirense passa principalmente pela adaptação dos atletas ao país e ao clube. Pisano está praticamente certo e deve desembarcar em Belo Horizonte já nesta sexta-feira, para assinar contrato por três temporadas. Já a situação de Cuellár é um pouco mais complicada, já que depende de negociações envolvendo outras equipes, o Deportivo Cali, dono dos direitos econômicos do jogador, e o Junior Barranquilla, clube pelo qual o jogador atua por empréstimo.