6/1/2016 13:50
Força tripla na elite
Cruzeiro e Atlético estreiam técnicos, e o maior desafio do América é a Série A
O argentino Sánchez Miño foi recebido por torcedores em Confins: reforço para o meio-campo da Raposa
Depois de quatro anos, Minas Gerais volta a ter suas três principais forças na Série A do Campeonato Brasileiro: Atlético e Cruzeiro ganham a companhia do América em 2016. Mas, antes do Nacional, os tradicionais rivais de Belo Horizonte vão precisar superar suas limitações disputando competições importantes, como a Copa Libertadores, no caso do Galo, e a Copa do Brasil, para Coelho e Raposa. Problemas como a falta de entrosamento, a troca de treinador e a reformulação do grupo desafiam os clubes belo-horizontinos, que nesta quarta-feira, com a reapresentação do time celeste, entram definitivamente na nova temporada.
O alvinegro foi o primeiro a se apresentar, na segunda-feira, e o técnico Diego Aguirre, contratado em dezembro para substituir Levir Culpi, corre contra o tempo para dar sua “cara” ao time. Já no domingo a delegação embarca para os Estados Unidos, onde disputará a Florida Cup e dará prosseguimento à pré-temporada, o que pode dificultar o trabalho do treinador.
Para completar, há perspectiva de receber reforços já com o trabalho em andamento, o que não é o ideal. No dia em que apresentou três novos jogadores, o presidente Daniel Nepomuceno anunciou que o clube continua atento ao mercado e mais nomes podem ser anunciados.
Ainda que não cheguem no momento desejado, mais jogadores possibilitarão ao uruguaio superar um problema vivido por Levir: a discrepância técnica entre titulares e reservas. Não ter suplentes à altura em muitas posições foi um dos motivos que tiraram competitividade da equipe na briga pelo título brasileiro com o Corinthians.
Já no clube celeste a opção para o lugar de Mano Menezes foi por alguém que conhece bem o clube e o atual grupo, Deivid, mas que estreia como treinador. Ex-jogador e ex-assistente técnico do próprio Cruzeiro, ele terá de mostrar que está realmente preparado para o desafio de recolocar a Raposa no caminho das conquistas, depois de um 2015 em branco.
Para isso, já tem seis reforços confirmados, o que dará mais opções para implantar suas ideias. Por outro lado, pode faltar entrosamento, caso mude muitas peças de uma vez.
NOVO CENÁRIO
Já o América reformulou o grupo, seja por não renovar com alguns jogadores que eram referência, como o armador Mancini, seja por não conseguir manter peças importantes, como os atacantes Marcelo Toscano e Richarlison.
Assim, o desafio do experiente técnico Givanildo Oliveira é remontar um time que não era nem um primor de técnica, mas se conhecia bem e evoluiu durante a Série B do ano passado. As contratações até o momento não chegaram a empolgar, mas haverá tempo caso se mostrem ineficientes – o objetivo maior no ano é mesmo evitar a volta para a Segunda Divisão.
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