Deivid marcou 28 gols com a camisa do Cruzeiro

Campeão da Tríplice Coroa como atacante do Cruzeiro, Deivid agora será técnico do clube. Esse filme não é inédito na Toca da Raposa. O treinador segue os passos de outros nomes que brilharam como atletas do Cruzeiro e, posteriormente, assumiram o comando da equipe.

O caso mais fresco na memória dos torcedores é o de Adílson Batista. Zagueiro do Cruzeiro no início dos anos 90, Adílson conquistou a Supercopa dos Campeões da Libertadores pela Raposa em 91 e disputou cinco jogos pela Seleção Brasileira na mesma época.

Adílson nunca escondeu a identificação que criou com o clube celeste. Em 2008, ele voltou à Toca da Raposa II e comandou o Cruzeiro no bicampeonato mineiro de 2008 e 2009, além do vice-campeonato da Libertadores de 2009.

Em 1994, quem teve a oportunidade de treinar o Cruzeiro foi o ídolo Palhinha, com uma curta passagem, de apenas 10 jogos. Quando atacante, Palhinha marcou 145 gols com a camisa celeste e disputou 13 jogos pela Seleção Brasileira quando era jogador da Raposa. Sua principal conquista foi a Libertadores de 1976, competição em que foi artilheiro absoluto com 13 gols.

Naquele mesmo ano, outro ídolo treinou o Cruzeiro por cinco jogos, antes da chegada de Ênio Andrade. Nelinho saiu invicto, com quatro vitórias e um empate, e a conquista do torneio amistoso “Copa Tóquio Dome”, disputado no Japão.

Até o início dos anos 90, era um fato comum um ex-jogador do clube virar treinador. Muitas vezes o técnico nem sequer tinha tanta experiência. O Cruzeiro teve pelo menos 20 ex-atletas que viraram treinadores do clube, como Eduardo Amorim (1993), Zé Carlos (1988), Raul (1987), Procópio (1978 e 1986), Moraes (1985), Brito (1982), Ilton Chaves (1970), Adelino (1959), Niginho (1953 a 1955), Geraldo II (1953), Bengala (1938) e Ninão (1937).

Há casos também em que o treinador já foi atleta do Cruzeiro, mas não se destacou ou teve uma passagem apagada pelo clube. Chico Formiga, por exemplo, treinou o Cruzeiro em 1988. Como jogador, ele disputou apenas uma partida com a camisa estrelada, em 16 de fevereiro de 1950, um amistoso com o Democrata, em Governador Valadares, que terminou empatado em 1 a 1.