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6/12/2015 20:21

Mano dá adeus ao Cruzeiro, mas deixa as portas abertas para volta: "Até logo"

Treinador diz que sai feliz pelo trabalho, comprometimento dos jogadores e envolvimento da torcida, mas triste pelo planejamento interrompido com o clube

Mano dá adeus ao Cruzeiro, mas deixa as portas abertas para volta: Até logo
Mano Menezes comandou o Cruzeiro pela última vez neste domingo (Foto: Lucas Uebel/Light Press)

Mano Menezes comandou o Cruzeiro pela última vez neste domingo. Pelo menos nesta passagem. O time foi derrotado pelo Internacional por 2 a 0, em Porto Alegre, e terminou o Campeonato Brasileiro na oitava colocação.

O balanço de Mano à frente do Cruzeiro, porém, é positivo. Quando o gaúcho chegou, a Raposa estava na 15ª colocação do Brasileirão, apenas um ponto acima da zona de rebaixamento. Dezesseis jogos depois, foram oito vitórias, seis empates e apenas duas derrotas, o que levou o Cruzeiro à posição na qual terminou a competição. Para Mano Menezes, não foi um adeus, mas um até breve ao clube mineiro.

- Espero que seja um até logo. Também não vou ser demagógico e desrespeitar o sentimento do torcedor, mas, de minha parte, eu saio muito contente com o clube e com o carinho e o entendimento que o torcedor dispensou para a equipe nestes momentos. O Cruzeiro foi forte e conseguiu se recuperar, porque se manteve unido. E só conseguiu isso por causa do torcedor. O comportamento que ele teve na arquibancada, com o apoio incondicional nos momentos mais difíceis foi a força emocional para que, com a capacidade técnica, nós fizéssemos os resultados.

Para Mano Menezes, mesmo com momentos felizes vividos na Toca da Raposa II, o sentimento na saída é de tristeza. O treinador elogiou muito o comportamento da torcida nos três meses em que comandou o time. Além disso, Mano citou o comprometimento dos jogadores para que o Cruzeiro conseguisse deixar a parte debaixo da tabela de classificação, para chegar a sonhar com a Libertadores em determinados momentos do Brasileirão.

- Saio triste, porque fui muito bem recebido pelo torcedor, pelo clube e pelos jogadores. Eu só tenho que elogiar nessa hora. Falamos sobre o tamanho da proposta e porque iríamos aceitar. O Cruzeiro entendeu, e eu saio com uma noção muito melhor do clube do que eu já tinha, porque já era muito boa. Queríamos ter vencido, porque seria ótimo ter vencido este jogo, mas não fizemos por merecer. Nunca tivemos a ponto de merecer a vitória. O Internacional foi superior. No primeiro tempo, encaixamos alguns contra-ataques, mas, no segundo tempo, com seis ou sete jogadores que não vinham jogando, a equipe sentiu o ritmo e fez um jogo muito abaixo. O que fica de bom é a campanha de recuperação. Os jogadores merecem todo o nosso respeito em relação a isso. Só tenho elogios à dedicação e à forma que aceitaram nosso trabalho. Acho que deixamos uma semente de filosofia, que, pelas conversas que tivemos, o Cruzeiro vai tentar seguir. Isso me deixa feliz em parte, mas fico triste por outra parte. O futebol tem essas durezas.

O Cruzeiro busca um novo treinador, dentro e fora do Brasil. Depois de sondar os argentinos Jorge Sampaolli e Marcelo Bielsa, conversa com o holandês Clarence Seedorf. Há também a possibilidade de que o auxiliar técnico Deivid seja efetivado.

2127 visitas - Fonte: Globo Esporte




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