27/11/2015 11:45
Cruzeiro, o incaível de Minas Gerais
Em 2011, Cruzeiro correu risco iminente de queda. Mas seguiu incaível
Para quem está especialmente fora de Minas Gerais, cabe contar um causo no dia de hoje. Nas padarias, botecos de esquina, escritórios e também nas redes sociais, o dia 27 de novembro tem se pautado pelos parabéns dos cruzeirenses aos torcedores rivais, já que há exatos 10 anos o Atlético Mineiro caía pela primeira vez para a segunda divisão, após empate sem gols com o Vasco no Mineirão, que alguns dizem ser “salão de festas”, mas que naquele domingo de 2005 foi mesmo o palco do maior velório da história do futebol mineiro.
Cada um com seus problemas, o atleticano que lide com essa mancha quieto no seu canto. O fato da queda alvinegra só serviu para consolidar uma coisa: em Minas, o Cruzeiro é o único incaível.
Por mais que ao longo das últimas décadas o Cruzeiro se tornou o rei do Mineirão e o time mineiro que mais conquistou títulos em quantidade e qualidade, até 2003 os atleticanos tinham como argumento a falta da tal “estrela amarela”, em alusão à conquista do Campeonato Brasileiro, que na época não era unificado. Isso significava que, até então, só o Atlético Mineiro tinha conquistado o maior título nacional entre os mineiros, ainda que fosse lá em 1971.
Daí, veio aquele time ridículo de 2003 do Cruzeiro que jogou pouca bola, com um Alex pouco inspirado, e derrubou essa tese da estrela amarela. Mal sabia o atleticano que, além de perder seu principal argumento, dois anos mais tarde teria que enfrentar uma dor pior. Então, os argumentos simplesmente acabaram. Tudo bem que depois disso o rival se recuperou, ainda que tenha passado por alguns novos vexames, e a rivalidade reacendeu nos últimos anos.
Mas, dez anos depois, com um bicampeonato brasileiro e até um 6 a 1 no meio – que talvez doa tanto ou até mais que a própria queda de 2005 por todo o contexto envolvido – o Cruzeiro pode se gabar como única equipe do estado que nunca passou por tal vexame, mesmo que tenha enfrentado alguns perrengues, como neste ano mesmo ou em 2011.
Só que, repetindo, cada um com seus problemas. O do Cruzeiro é seguir incaível.
1476 visitas - Fonte: ESPN